TRANSFOBIA

Grupo protesta contra expulsão de mulher trans em shopping de Maceió

hashtag #shoppingpatiotransfobico foi o assunto mais comentado do twitter no Brasil
Por Bruno Fernandes 04/01/2020 - 18:03
Atualização: 04/01/2020 - 18:22

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Reprodução/Instagram
Grupos protestaram durante a tarde na praça de alimentação do Pátio Shopping, em Maceió
Grupos protestaram durante a tarde na praça de alimentação do Pátio Shopping, em Maceió

Grupos LGBTQ, de mulheres, e simpatizantes realizaram uma manifestação na praça de alimentação do Shopping Pátio Maceió, na cidade Universitária, em Maceió, na tarde deste sábado, 4, após um caso de transfobia registrado no local ganhar notoriedade nacional.

Imagens gravadas por populares na sexta-feira, 3, que estavam no estabelecimento mostram o momento em que uma transexual, é expulsa do local, no bairro Cidade Universitária após protestar por não poder usar banheiro feminino.

A mulher trans identificada como Lanna Hellen, além de ser impedida de usar o banheiro feminino, um dos seguranças teria dito “você é macho”, enquanto à carregava para fora do estabelecimento.

Ela chegou a subir em uma das mesas da praça de alimentação para pedir respeito e anunciar que chamaria a polícia mas, sob os aplausos de alguns dos presentes e protestos de outros, foi expulsa pelos funcionários.

Durante a tarde deste sábado, a hashtag #shoppingpatiotransfobico liderou como o assunto mais comentado no twitter.

Lenilda Luna, do Movimento de Mulheres Olga Benário, compartilhou nas redes sociais um vídeo do momento da manifestação onde mostra várias pessoas sentadas e de mãos dadas, na parte interior do shopping, gritando palavras de ordem. Assista:

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Ninguém solta a mão de ninguém #ShoppingPatioTransfobico

Uma publicação compartilhada por Lenilda Luna de Almeida (@lenildaluna) em

Em nota o shopping Pátio informou que a equipe de segurança foi acionada para socorrer uma ex-funcionária transexual que subiu em uma mesa da praça de alimentação.

A ação, segundo o estabelecimento, foi necessária para garantir a segurança da própria pessoa e dos demais clientes. A nota diz ainda que a funcionária não foi impedida de usar o banheiro feminino e que vai apurar o que aconteceu.

O estabelecimento informou também que "recebe e acolhe com respeito e empatia a todos os públicos independente de orientação sexual ou identidade de gênero, e reitera que respeita os direitos assegurados no Brasil a toda comunidade LGBTI+ e repudia qualquer restrição do direito de ir e vir".

A Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos também divulgou nota, na manhã deste sábado, para repudiar o que a pasta denominou de "ato de violência e transfobia" praticado pelos seguranças.

"No âmbito jurídico, os direitos da comunidade LGBT, incluindo da população transsexual e travesti são resguardados por leis e decretos, tais como: Decreto Estadual 58.187, de 21 de março de 2018, que dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais, e Lei n° 4.667/97, que pune a discriminação à livre orientação sexual", diz trecho da nota.


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