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Luta contra reajuste não pode ser usada para fins políticos, diz presidente de conselho

Por Bruno Fernandes 02/03/2020 - 14:28
Atualização: 02/03/2020 - 16:35
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Edilson Omena/Tribuna Independente
Antônio Costa – Presidente do CCEDAL
Antônio Costa – Presidente do CCEDAL

A audiência contra redução da tarifa de energia de Alagoas prevista para acontecer na sexta-feira, 6, às 15h no auditório do Senac, no bairro do Poço, pode ser usada para fins políticos por entusiastas às eleições deste ano em Maceió. A declaração é de Antônio Costa, presidente do Conselho de Consumidores de Energia Distribuição Alagoas (CCEDAL).

Em entrevista ao EXTRA, o representante afirmou que teme um uso político da luta e disse ainda que o reajuste de 12% proposto pela Equatorial com aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é apenas uma média e que a porcentagem pode aumentar ou diminuir.

“A gente sabe que tem que ter um reajuste, mas 12% é muito. Esses 12% não foi a Equatorial que pediu, foi a Aneel que pré-determinou. O valor nunca é certo, existe a possibilidade de aumentar ou diminuir durante as reuniões”, explicou.

A audiência pública marcada para o próximo dia 6 é apenas a primeira das várias que devem acontecer também em Brasília para determinar um valor que agrade ambas as partes envolvidas.

“A Aneel vai pegar a posição dos presentes, serão feitas outras audiências em Brasília para depois chegar em um denominador comum e que não prejudique ninguém, pois sabemos que a Equatorial também fez muitos investimentos na cidade”, afirma o presidente do conselho ao detalhar os investimentos feitos pela empresa privada após a compra da Eletrobras.

A revisão tarifária está prevista desde que a Equatorial Energia assumiu a Eletrobras Alagoas em 2019, após vencer o processo licitatório na compra da empresa.

A última revisão tarifária em Alagoas ocorreu em 2013. O novo reajuste é considerado abusivo pelas classes que defendem um reajuste menor para um estado que registrou a segunda menor renda per capita do Brasil, segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O IBGE revelou que Alagoas apresentou a segunda menor renda per capita do país (R$ 731), à frente apenas do Maranhão (R$ 636). Os números são em referência aos valores dos rendimentos domiciliares per capita referentes ao ano de 2019 para o Brasil e unidades da federação.

Em comparação com 2018, quando apresentou um rendimento mensal domiciliar per capita de R$ 714, Alagoas registrou um aumento de 2,4%.


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