Prefeituras temem nova tragédia ambiental no Litoral Norte

Prefeituras do interior resolveram se unir para evitar uma futura exploração de sal-gema por parte da Braskem nos municípios de Paripueira e Barra de Santo Antônio. Os gestores foram surpreendidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que autorizou a empresa a pesquisar jazidas do mineral em sete pontos desses dois municípios, para possível exploração futura.

De acordo com os documentos que concedem a autorização, cada uma das áreas tem o tamanho aproximado de 5 mil hectares, o que é equivalente ao tamanho de 14 mil campos de futebol. Além dos municípios, a autorização inclui o bairro de Ipioca, em Maceió, também no Litoral Norte.

O requerimento de pesquisa mineral foi feito no dia 31 de julho deste 2019, pouco tempo depois que as atividades foram paralisadas nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Ao EXTRA, o Ministério Público Federal informou que entrou na briga para fiscalizar a pesquisa na região pois a empresa já responde a processo na justiça por causa das consequências da mineração em quatro bairros da capital.

O órgão confirmou ainda que especialistas ouvidos pelo MPF confirmaram a possibilidade dos perímetros requeridos pela Braskem para autorização de pesquisa terem interferência em áreas de ocupação urbana, e que há possibilidade de haver áreas que fazem parte da Unidade de Conservação Federal APA Costa dos Corais, além de áreas de assentamentos e quilombolas, entre outras áreas importantes.

Ao EXTRA, o especialista em Geotecnia pelo Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e professor da Universidade Federal de Alagoas, Abel Galindo confirmou que, a área dois, que compreende parte do município de Paripueira possui um tamanho aproximado de 10,1 km de extensão com largura de 2,1 km e fica a uma distância de apenas 550 metros do perímetro urbano da cidade.

Confira a reportagem especial na íntegra no EXTRA ALAGOAS nas bancas!

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