Braskem passa a importar sal do Chile para retomar operações

A Braskem informou nesta quarta-feira, 6, que está importando sal do chile para manter sua fábrica ativa em Maceió e assim evitar um prejuízo financeiro ainda maior.

O anuncio da importação do material que é a matéria prima na produção de soda caustica e pvc, produzidos pela empresa foi feito pelo vice-presidente de Pessoal, Marketing, Comunicação e Desenvolvimento Sustentável da petroquímica, Marcelo Arantes à imprensa.

Sobre a possibilidade de voltar a explorar minas de sal-gema no estado, o vice-presidente informou que no momento a empresa tem apenas permissão para fazer estudos em algumas regiões de áreas rurais.

"A exploração de sal em Alagoas vai depender de autorização específica para isso e de que a qualidade do sal atenda à necessidade de produção. A Braskem não tem autorização, no momento, para explorar sal em Alagoas", explicou.

Segundo ele, a medida foi tomada pois existe um compromisso da empresa em manter a operacionalidade em Alagoas. Há unidades industriais que podem produzir e exportar produtos, como sempre fez ao longo das últimas três décadas.

A proibição da exploração do minério em Maceió foi determinada em maio de 2019, após o laudo do Serviço Geológico do Brasil apontar que a extração de sal-gema é a causadora das rachaduras nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro. 

Pouco tempo depois, em novembro do mesmo ano, a empresa anunciou a decisão de fechar definitivamente poços de extração de sal-gema em Maceió. A medida foi tomada, segundo a empresa, com base em estudos que o o Instituto de Geomecânica de Leipzig (IFG), da Alemanha, referência internacional em geomecânica de poços de sal, fez a partir dos dados dos sonares executados nos poços de extração de sal.

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