SEQUESTRO, TORTURA E HOMICÍDIO

Militares investigados no Caso Jonas são indiciados pela Corregedoria

Por Bruno Fernandes 20/04/2021 - 14:58
Atualização: 20/04/2021 - 15:13

ACESSIBILIDADE

Cortesia ao Jornal Extra de Alagoas
Jonas Seixas, desaparecido desde outubro após ser abordado por PMs
Jonas Seixas, desaparecido desde outubro após ser abordado por PMs

A Corregedoria da Polícia Militar indiciou nessa segunda-feira, 29, os policiais envolvidos no desaparecimento do servente de Pedreiro, Jonas Seixas, em outubro do ano passado. aso Jonas Seixas. O resultado do inquérito apontam para os crimes de homicídio qualificado, sequestro qualificado, ocultação de cadáver e tortura.

Foram indiciados o 3º sargento Fabiano Pituba Pereira, o cabo Tiago Asevedo Lima, o soldado Jardson Chaves Costa, o soldado João Victor Caminha Martins de Almeida e o soldado Filipe Nunes da Silva.

Com o indiciamento, a Polícia Militar instaurou processo administrativo disciplinar para avaliar se os envolvidos ainda têm condições de permanência na instituição, já que os crimes atentam contra a honra da corporação.

Os cinco policiais militares acusados de participação no desaparecimento do pedreiro Jonas Seixas já haviam sido indiciados no dia 24 de março pela Polícia Civil pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio e ocultação de cadáver.

Os policiais militares envolvidos foram presos temporariamente no dia 10 do mesmo mês por homicídio e ocultação do cadáver em cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital, após parecer favorável do Ministério Público do Estado (MP-AL).relacionadas_esquerda

Durante os depoimentos, os policiais investigados sustentam a versão de que levaram Jonas para uma averiguação, mas o liberaram com vida no bairro de Jacarecica. O corpo da vítima nunca foi encontrado.

No entanto, no curso das investigações, apresentaram versão diferente da que teriam dito ao seu superior, dizendo agora que teriam liberado a vítima ao lado do viaduto de Jacarecica, entre o meio do viaduto e a rotatória, entre 15h56 e 15h57, que é o horário em que o GPS indica o trânsito dos investigados nas imediações do referido viaduto.

Comprovou-se, através de sigilo telefônico e de dados, reforçam os promotores de Justiça, que às 16h52, ou seja, quase uma hora depois da suposta liberação alegada pelos denunciados. Jonas ainda estava em poder dos militares que o levaram.

O caso

De acordo com investigação da Polícia Civil, o servente de pedreiro Jonas Seixas da Silva foi abordado por policiais militares no dia 9 de outubro do ano passado, no Jacintinho, em Maceió.

Depois do tal procedimento, o servente foi colocado dentro da viatura e nunca mais foi visto e tampouco houve registro de ocorrência na Central de Flagrantes. Seu corpo também nunca foi encontrado.

Ao longo dos meses, familiares do servente de pedreiro realizaram protestos cobrando respostas das autoridades públicas. Com cartazes e faixas nas mãos, todos sempre pedem respostas para a pergunta: ''Onde está Jonas"?

Publicidade

Continua após a publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato