COMUNICADO DO TJ
Restos mortais de Roberta Dias passam por produção de provas e sepultamento é adiado

Os restos mortais da jovem Roberta Dias, encontrados em abril deste ano no município de Piaçabuçu, continuam sendo periciados para serem usado como prova. O procedimento foi confirmado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas nesta quarta-feira, 21, e devido a isso, o sepultamento precisou ser cancelado pela família.
Apesar de o Instituto Médico Legal ter tomado os trâmites legais para o encaminhamento do cadáver para os parentes, a família só deve retirar a ossada do órgão depois que a Justiça autorizar.
"A assessoria de comunicação do TJAL entrou em contato com o juiz do caso, o qual fez menção a uma decisão dada ontem (20/07) no sentido de que o cadáver encontrado ainda interessa ao processo", destacou o TJAL em nota.
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O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas confirmou no dia 14 deste mês a identidade da ossada encontrada no Povoado Pontal do Peba em Piaçabuçu este ano. A jovem estava desaparecida desde 2012.
O fim do mistério começou a ser esclarecido quando populares encontraram no dia 18 de abril um crânio em um areal da praia do povoado. Três dias depois, em 21 de abril, sabendo do achado, a família da jovem resolveu fazer buscar na mesma região e encontrou parte de um esqueleto humano.
O caso Roberta Dias sofreu reviravolta em maio de 2018, quando um áudio mostrando o diálogo de duas pessoas vazou. Na gravação, que chegou a ser periciada pela Polícia Federal, o jovem identificado como Karlo Bruno confessa que participou do sequestro da vítima e que a matou asfixiada com o emprego de um fio de extensão de som automotivo, crime praticado na presença do namorado e pai do filho que a jovem esperava.
Após análise do áudio, o Ministério Público de Alagoas concluiu também que a sogra de Roberta Dias, Mary Jane, “foi a mentora e financiadora da empreitada criminosa”.
A avó do filho da jovem e Karlo Bruno foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima); ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.
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