PETROBRAS

Petroleiros em greve denunciam assédio moral e insegurança no local de trabalho

Por Assessoria Sindipetro 04/09/2021 - 18:07
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Assessoria Sindipetro
Categoria está em greve há três meses
Categoria está em greve há três meses

A paralisação dos petroleiros das unidades de Pilar e Furado, em São Miguel dos Campos/AL, completou três meses no último dia 31 de agosto. Segundo a categoria, a greve foi decidida em protesto contra a terceirização indiscriminada, as frequentes punições aplicadas aos trabalhadores e as práticas de assédio moral no ambiente de trabalho.

De acordo com o Sindicato dos Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe, as retaliações advêm da obrigação adicional imposta aos petroleiros de treinarem os funcionários terceirizados durante as atividades relacionadas ao plano de Passagem de Operação Segura (POS).

Os trabalhadores criticam que esse procedimento não leva em conta critérios de segurança adotados pela própria Petrobrás em áreas operacionais de produção de óleo e gás.

Segundo o sindicato, o treinamento ocorre sem a observância das normas técnicas e padrões operacionais rigorosos, contribuindo para aumentar os riscos de acidentes ampliados nas unidades. Os petroleiros ainda denunciam a prática de assédio moral por parte da gerência da empresa, devido a recusa dos operadores em realizar serviços em condições inseguras.

“Como se não bastasse um cenário de tensões sociais e estresse que toma conta da categoria em razão da venda da Petrobrás em Alagoas, o clima existente nas unidades é de intensa violência moral contra os petroleiros que não se submetem a capacitar os terceirizados fora das normas de segurança”, afirmou o diretor do Sindipetro AL-SE, Luciano Alves.

A categoria ainda acrescenta que a situação atual evidencia um plano de substituição de mão de obra, em que petroleiros concursados darão lugar a empregados terceirizados, assim que for concretizado o controle das unidades por parte da Origem Energia - empresa que comprou todo ativo da estatal em Alagoas.

A greve segue por tempo indeterminado e conta com a adesão da maioria dos trabalhadores próprios das áreas operacionais. Os petroleiros querem a implementação de uma política efetiva de combate ao assédio moral, defendem a manutenção dos empregos e são contra a privatização da Petrobrás, como ocorreu com a venda dos ativos da estatal em Alagoas.

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