ECONOMIA

Controladora da Braskem terá de revisar seu plano de recuperação judicial

Grupo Novonor possui dívidas de cerca de R$ 100 bilhões
Por Redação 07/10/2021 - 13:38
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Afrânio Bastos
Sede da Braskem, localizada no bairro do Pontal da Barra, em Maceió
Sede da Braskem, localizada no bairro do Pontal da Barra, em Maceió

A Novonor, ex-Odebrecht, e controladora da petroquimica Braskem terá de revisar seu plano de recuperação judicial, que envolve dívidas de cerca de R$ 100 bilhões, segundo decisão publicada nesta quinta-feira, 7.

Em segunda instância, o desembargador relator do caso, Alexandre Lazzarini, afirmou que não haverá prejuízos na convocação de uma nova assembleia-geral de credores para votar o aditivo ao plano.

A sentença determina ainda que a possível mudança terá o objetivo de deixar claro no plano que os dividendos de controladas irão para as mãos dos credores.

Um dos principais pivôs da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2014, a Odebrecht viu seu império colapsar na década passada à medida que os casos de corrupção em que a empresa estava diretamente envolvida eram descortinados.

Diversas companhias do grupo entraram em recuperação judicial antes do grupo como um todo - o negócio tinha, além do braço de construção, áreas voltadas também à agroindústria e ao setor de óleo e gás.

A exemplo do que ocorreu com a holding principal, parte de suas empresas foi rebatizada em virtude do desgaste de imagem sofrido com a operação. A nova proposta deverá ocorrer em um prazo de até 60 dias, que passará a contar após a publicação do acórdão da decisão.

Hoje, a principal receita da Odebrecht vem dos dividendos provenientes da petroquímica Braskem, que está à venda há anos e é apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como causadora do afundamento de quatro bairros na capital alagoana. A companhia é sócia da Petrobras na Braskem.

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