RIO LARGO
Profissionais da Educação denunciam prefeito e ameaçam parar ano letivo

O ano letivo no município de Rio Largo, região metropolitana de Maceió, foi iniciado nesta segunda-feira,7, mas pode sofrer interrupção por greve dos profissionais ainda esta semana. Professores e trabalhadores da Educação fazem uma mobilização no início da manhã de terça-feira, 8, numa tentativa de dar visibilidade a uma pauta de reivindicação e denunciar o que consideram desrespeito e falta de gestão na Educação pelo prefeito Gilberto Gonçalves (PP).
Amanhã, a paralisação será por 24 horas. A concentração dos trabalhadores vai ocorrer na rodovia de acesso ao Aeroporto. Na próxima sexta-feira, 11, uma reunião está marcada com a secretária municipal da Educação, Josicleide Amorim, onde a pauta de reivindicação será discutida. Caso o diálogo e a pauta não avancem, a categoria vai colocar em assembleia a deliberação de greve por tempo indeterminado.
A presidente do Sinteal local, Rosieli Costa, pontua as reivindicações e denuncia que o prefeito não tem aberto diálogo com a categoria. Pelo contrário, afirma, o prefeito tem feito uso das redes sociais para denegrir a imagem dos trabalhadores, se referindo a eles com palavrões e assédio moral.
Os trabalhadores buscam o rateio das sobras de recursos do Fundeb, garantido por lei. Além disso, cobram a implantação do piso salarial para o profissional, um reajuste de 33,23% nos atuais salários; a convocação dos candidatos aprovados no concurso de 2019; a implantação do trabalho de 30 horas pelos vigilantes que atuam na rede de educação, medida determinada pela Justiça e até o respeito à lei de gestão democrática das escolas, que garante na direção das unidades o profissional eleito pelo Conselho Escolar.
Segundo o Sinteal, o prefeito Gilberto Gonçalves tem colocado no lugar dos concursados aprovados, pessoas selecionadas em PSS. As denúncias na área são de que as pessoas chamadas para as vagas dos concursados são aliados políticos do prefeito. Da mesma forma o prefeito tem procedido em relação aos diretores das escolas, cujas vagas estariam sendo ocupadas por futuros "cabos eleitorais.
A Assessoria do prefeito Gilberto Gonçalves informa à reportagem do Extra que não foi comunicada sobre a mobilização e tentaria ouvir o gestor a respeito das reivindicações.