ALTA COMPLEXIDADE

Alagoas realiza quarto transplante de fígado do Estado

Por Adja Alvorável / Estagiária sob supervisão, com assessoria 16/03/2022 - 19:55
Atualização: 16/03/2022 - 19:21
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Divulgação
Procedimento cirúrgico ocorreu sem intercorrências e transplantada está se recuperando bem
Procedimento cirúrgico ocorreu sem intercorrências e transplantada está se recuperando bem

Na manhã desta quarta-feira, 16, foi realizado o 4º transplante de fígado em Alagoas desde o credenciamento do estado para realização desse tipo de procedimento, em abril de 2020. O transplante ocorreu de forma satisfatória e atualmente a paciente encontra-se na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), foi extubada e o fígado está fluindo bem.

A paciente é uma mulher de 54 anos, natural da cidade de Matriz de Camaragibe, sofria com doença policística e aguardava há dois meses na fila de espera da Central de Transplante de Alagoas.

A lista de transplantes é única, tem ordem cronológica de inscrição e os receptores são selecionados para receber os órgãos em função da gravidade ou compatibilidade sanguínea e genética com o doador.

O doador era um homem de 42 anos que morreu vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O órgão foi doado após a confirmação da morte encefálica, por meio de três exames de constatação, e a entrevista familiar positiva.

A cirurgia de Alta Complexidade, financiada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi realizada na Santa Casa de Maceió, credenciada pelo Ministério da Saúde (MS) para realizar o procedimento, conforme a Portaria Federal N°313, expedida em sete de abril de 2020.

A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, comemorou a realização de mais um procedimento no Estado e ressaltou a importância dos doadores avisarem os familiares do desejo da doação.

Ainda segundo a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, o Estado possui, atualmente, 473 alagoanos na fila de espera por um transplante, sendo que mais de 363 aguardam córneas, 101 esperam por um rim, seis por um fígado e três por um coração.

Transplante de Órgãos

O doador vivo pode doar um rim, medula óssea, parte do fígado (em torno de 70%) e parte do pulmão (em situações excepcionais). Já um único doador falecido pode salvar mais de oito vidas, podendo doar coração, pulmão, fígado, os rins, pâncreas, córneas, intestino, pele, ossos e válvulas cardíacas.

No Brasil, para doar um órgão basta comunicar à família sobre o desejo de ser doador para que a família possa autorizar posteriormente. Mas a recusa familiar ainda é alta e se torna um dos principais motivos para que um órgão no Brasil não seja doado: mais de 43% das famílias recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada, em 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).


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