ECONOMIA

Grupo condiciona compra da Braskem a acordo sobre afundamento em Maceió

Petroquímica já desembolsou cerca de R$ 13 bilhões em indenizações a famílias afetadas
Por Redação 12/08/2025 - 07:28
A- A+
Afrânio Bastos
Braskem em Maceió
Braskem em Maceió

O empresário Nelson Tanure pode desistir de adquirir o controle da Braskem se não houver acordo amplo com autoridades sobre o afundamento do solo em Maceió. A situação envolve indenizações e responsabilidades legais decorrentes de operações de extração de sal-gema

Tanure afirmou, em resposta à Reuters, que um acordo com todas as entidades envolvidas é condição essencial. Ele destacou ainda a necessidade de excluir transferência de responsabilidade penal e de definir solução financeira antes de prosseguir com a oferta.

“Um acordo com todas as entidades envolvidas no desastre de Alagoas é ‘sine qua non’. Sobretudo da não transferência da responsabilidade penal e de equacionamento financeiro para os novos acionistas”, disse o empresário à na segunda-feira, 12, sem elaborar sobre seus próximos passos.

Em maio, Tanure assinou exclusividade de 90 dias para negociar a compra da participação da Novonor na Braskem. A Petrobras, sócia e controladora junto à Novonor, possui direito de preferência. O prazo de exclusividade termina em 21 de agosto.

Desde a assinatura, o empresário tenta resolver pendências jurídicas ligadas ao caso. A Braskem já desembolsou cerca de R$ 13 bilhões em indenizações a famílias afetadas e realocadas devido ao fenômeno na capital alagoana.

Enquanto isso, a IG4 Capital avalia lançar proposta alternativa após o fim da exclusividade. Paralelamente, a Unipar negocia a compra de fábricas da Braskem nos EUA por cerca de US$ 1 bilhão, operação que não conta com apoio de Tanure nem da IG4.


Encontrou algum erro? Entre em contato