Seis substâncias foram responsáveis por morte de peixes na Lagoa Mundaú, diz Ufal

Seis substâncias contaminantes em amostras de água retiradas da Lagoa Mundaú, em Maceió, foram as responsáveis pelas mortes de peixes na noite do último domingo, 13, informou na noite de ontem, 17, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Foram encontradaos na análise traços de furacetamida, solvente tolueno, fósforo e potássio presentes em fertilizantes e agroquímicos. Além destas, também foram detectados mercúrio e manganês. Os contaminantes são prejudiciais ao meio ambiente e à vida humana, segundo os pesquisadores.

Por conta das substâncias, os pesquisadores alertam para o não consumo dos animais e que, apesar do descobrimento da causa da morte, não é possível apontar a origem da contaminação, de onde teriam vindo as substâncias.

O laudo da Ufal, no entanto, deve ajudar o Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL) a investigar o caso. No último dia 15, o órgão encaminhou ofício aos técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) solicitando os laudos das análises da água e dos peixes mortos coletados.

O MPF também enviou ofício para a Braskem "para que informe se houve alguma intercorrência em suas operações que tenha resultado em poluição e mortandade de peixes na Lagoa em 13/03".

Além de informações à empresa, o órgão fiscalizador também solicitou à Braskem imagens de câmeras de segurança instaladas pela empresa na região afetada que possam ter flagrado alguma movimentação suspeita na região.

O caso

Vídeos que passaram a circular nas redes sociais mostraram crianças pegando os peixes com as mãos. Também dá pra ver um produto com aspecto oleoso misturado à água, possivelmente despejado na lagoa.

Ao menos 10 kg de peixes estavam boiando nas margens da Lagoa. Além de peixes, camarões e siris também morreram e foram capturados por pescadores e moradores do Flexal de Baixo, no bairro do Bebedouro.

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