ALAGOAS
Adoção do piso da enfermagem provocará demissão em massa
Gestores da área da Saúde garantem impossibilidade de bancar aumento de 60% na folha salarial
A instituição do piso salarial nacional para a enfermagem não deve acontecer a curto prazo no país. O PL 2564/2020 aprovado no último dia 5 na Câmara Federal está no centro de uma queda de braços entre governistas e oposição. Numa manobra pouco usual, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), segurou o envio da matéria para sanção presidencial até que haja definição da fonte de financiamento do piso da enfermagem.
O PL, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT), estabelece o valor base de R$ 4.750 para o salário de enfermeiros do setor público, filantrópico e privado. Também prevê salário mínimo de R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e de R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
A definição sobre a fonte de custeio é a pedra no sapato dos gestores para aplicação do piso. Sem uma origem de financiamento, a iniciativa, que vem após três décadas de luta dos profissionais, provocaria um rombo de R$ 17 bilhões/ano no setor de saúde no Brasil, segundo cálculos ainda incipientes da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).
Em Alagoas, o Sindhospital (Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Alagoas) afirma que sem o financiamento a implantação do salário base vai promover demissões em massa, o que causará - por via indireta - uma redução no atendimento à população.
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