CRIADOURO DE MOSQUITO

Maceió tem alarmante crescimento de casos de dengue, zika e chikungunya no semestre

Por Tamara Albuquerque 07/08/2022 - 10:18
Atualização: 07/08/2022 - 11:16
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SMS/Maceió
Foco do mosquito que causa dengue, chikungunya e zika pode estar em qualquer tipo de material que acumule água
Foco do mosquito que causa dengue, chikungunya e zika pode estar em qualquer tipo de material que acumule água

São alarmantes os números de casos de dengue, chikungunya e zika em Maceió, e os índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, que transmite essas doenças. Com ajuda dos habitantes, que deixam ao ar livre o lixo e objetos de acumulam água e viram criadouros, o inseto consegue se reproduzir com facilidade em residências e prédios comerciais, terrenos baldios e outras áreas. Apesar dos avisos, dos alertas, das orientações pela mídia, profissionais da saúde, da educação, entre outros mecanismos que há décadas mostram como evitar os criadouros, o maceioense ainda relaxa na hora de fazer a prevenção.

O resultado dessa falta de rigor com comportamentos que facilitam o surgimento dos criadouros do mosquito, como o descarte impróprio do lixo (qualquer que seja ele, que acumule água) ou mesmo o armazenamento de água potável em recipientes, é o adoecimento da população com dengue, chikungunya e zika. Até o final de julho foram notificados 9.213 casos de dengue em Maceió este ano. Isso significa um aumento de 539,79% em relação ao número de casos notificados no mesmo período do ano passado, que foi de 1.440 casos. 

Dengue, assim como a chikungunya e zilka, é uma doença que pode levar à morte, deixa sequelas nas vidas das pessoas por anos. 

Os números em relação à chikungunya, no período citado, são mais graves porque o crescimento de casos da doença ultrapassou os 5.753,33% [quase 6 mil por cento acima do que foi notificado até julho do ano passado]. É estarrecedor a diferença no número de casos quando se faz a comparação. São 3.512 casos notificados em 2022. Já quando se fala em zika, doença que provocou casos de microcefalias em crianças nascidas, o registro foi de aumento de 54,05%  até julho passado, o que fez crescer a notificação de casos de 37 em 2021 para 57 em 2022.

A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió coloca nas ruas os agentes de saúde para combater os focos de mosquito, mas sem a ajuda da população, será difícil vencer o mosquito. Os bairros que aparecem com os índices mais elevados de infestação do mosquito são Jaraguá (12%), Jardim Petrópolis (11,81%), Poço (10%), Ponta da Terra (8%), Ouro Preto (7,70%) e Gruta de Lourdes (7,31%), segundo a secretaria.


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