Outubro Rosa
Câncer de mama cresce entre mulheres jovens, alerta especialista
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Outubro é o mês dedicado à conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 novos casos da doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Mais do que nunca, a campanha é importante em um momento que o Brasil assiste uma diminuição no número de exames preventivos ligados à patologia.
Câncer de mama cresce entre mulheres jovens
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, a incidência do câncer de mama em mulheres jovens e com menos de 35 anos mais que dobrou no Brasil nos últimos anos. Historicamente, esse percentual representava cerca de 2% dos casos, mas, atualmente, está entre 4% e 5% dos casos nessa faixa etária.
“O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo indolor, duro e irregular nos seios. Outros sinais incluem edema cutâneo semelhante à casca de laranja, descamação ou ulceração do mamilo, e secreção papilar, que pode ser rosada ou avermelhada. Lembrando que é mais difícil o diagnóstico nas mulheres mais jovens, por causa da influência hormonal e da densidade das mamas”, explica a médica.

A especialista afirma que o câncer de mama na mulher jovem costuma ser mais agressivo, tem taxa de crescimento maior e mais risco de metástase, que é quando as células cancerosas se separam do tumor principal e vão para outras partes do corpo.
Causa da doença é multifatorial
Dra. Cláudia Pinto ressalta que, para a maioria dos casos, a causa da doença é multifatorial: predisposição genética, sedentarismo, obesidade, exposição a hormônios e consumo de álcool comumente podem estar atribuídas à patologia.
“Também não podemos esquecer da mudança no estilo de vida feminino. Antigamente as mulheres menstruavam mais tarde, amamentavam por mais tempo e entravam mais cedo na menopausa. A mama passava menos tempo sob o estímulo dos hormônios ovarianos. Além disso, hoje em dia, a mulher está muito mais suscetível ao estresse, depressão e ansiedade, fatores que enfraquecem as defesas do organismo, baixam a imunidade e naturalmente predispõem ao câncer”.
A ginecologista complementa ao afirmar que a melhor forma de se proteger e diminuir a mortalidade é o diagnóstico precoce.
“A mulher com qualquer alteração nas mamas deve procurar um médico. É preciso atenção para mudanças na pele ou no tamanho dos seios e na aparência dos mamilos, bem como relatar ocasionais sangramentos. A cura depende muito do estágio do tumor, por isso é fundamental descobri-lo no início e realizar todos os exames preventivos”, conclui.
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