PRIMEIRA INFÂNCIA

Mais de 67% das crianças alagoanas vivem na pobreza

Levantamento foi realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Por Tamara Albuquerque 16/10/2022 - 12:19
Atualização: 16/10/2022 - 16:46
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Marcello Casal/Arquivo/Agência Brasil
 67,6% das crianças até 6 anos de idade viviam em situação de pobreza
67,6% das crianças até 6 anos de idade viviam em situação de pobreza

A pobreza, desde que começou a ser estudada, está associada à capacidade de as pessoas suprirem ou não as suas necessidades essenciais de sobrevivência. É antiga a vinculação dessa capacidade com a quantidade de dinheiro que os indivíduos e suas famílias precisam para satisfazer tais necessidades. O Brasil chegou este ano a 30 milhões de famintos, pessoas que não têm como garantir a continuidade da vida, já que a alimentação é condição primária de sobrevivência. Essa situação afeta de forma irreversível as crianças, especialmente as que estão na primeira infância, de 0 a 6 anos de idade, fase de maior desenvolvimento das suas capacidades físicas, psicológicas e intelectuais.

Estudo divulgado este mês, intitulado Pobreza Infantil no Brasil 2012-2021, revela que no ano passado 44,7% das crianças brasileiras viviam em situação de pobreza, e 12,7% em situação de extrema pobreza - contra taxas de 28,3% e 8,2% para população geral, respectivamente. É estarrecedor o que os números apontam. O levantamento, realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/PUCRS – Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de Trabalho, considera pobres as pessoas (adultos ou crianças) que vivem com menos de R$ 467,67 por mês. Extremamente pobres são as pessoas (adultos ou crianças) que vivem com menos de R$ 161,56 por mês.

Alagoas

Em Alagoas, o estudo aponta que no ano passado 67,6% das crianças até 6 anos de idade viviam em situação de pobreza, passando privações cujas consequências vão carregar por toda a vida. São 226.262 meninos e meninas com um futuro comprometido pelos prejuízos que surgem desde agora. O revoltante quadro estatístico só é menor quando comparado aos estados do Maranhão (71,8%), Piauí (68,7%) e Bahia, que tem 68,9% das crianças vivendo com famílias cuja renda mensal não chega a R$ 500.

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