CASO EM MARAVILHA

Assassino da menina Ana Beatriz é condenado a 35 anos de prisão

Garota foi atraída à casa do réu que a estuprou e jogou o corpo em cima da casa, em Maravilha
Por Tamara Albuquerque 03/11/2022 - 13:27
Atualização: 03/11/2022 - 13:52
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Assessoria
Edvaldo dos Santos confessou o crime cometido em 2020
Edvaldo dos Santos confessou o crime cometido em 2020

O réu Edvaldo dos Santos foi condenado nesta quinta-feira,3, a 35 anos, 6 meses e 7 dias por estupro, homicídio qualificado e ocultação do cadáver cometidos contra Ana Beatriz Rodrigues Rocha. O crime ocorreu na cidade de Maravilha, em agosto de 2020, quando a vítima tinha 6 anos de idade. O julgamento foi conduzido pelo juiz José Braga Neto, da 8ª Vara Criminal da Capital.

Edvaldo dos Santos confessou o assassinato e disse que escondeu o corpo da vítima em um saco, que jogou no telhado de casa dele. O crime provocou revolta na comunidade e moradores da região tentaram invadir a casa para matar o homem por linchamento. Ele foi retirado às pressas e levado para delegacia sob forte escolta policial.


Durante o julgamento, o promotor de Justiça Tácito Yuri comentou a violência sofrida pela menina Ana Beatriz, conhecida como Bia, que foi assassinada por estrangulamento depois do seu agressor ter cometido o estupro, obrigando a garota a ter relações anal e vaginal.

"É difícil falar de algo assim, temos filhos, imaginem uma criança que, inocentemente, por conhecer o réu, foi até a casa dele e lá, estupidamente abusada, sendo vítima de sexo anal, vaginal e depois morta”, comentou.

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) denunciou Edvaldo dos Santos pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A investigação da Polícia Civil, que concluiu o inquérito no último dia 24, apontou que a vítima estava próximo à sua residência às 3h da madrugada, quando foi raptada pelo suspeito.

O corpo da criança foi encontrado no dia 6 de agosto dentro de um saco de lixo em cima do telhado da casa onde o acusado morava. Ele é vizinho da vítima e foi preso no mesmo dia do crime. 

"Foi uma pena justa, mas considerando a dramaticidade do caso, não tem pena que restitua a família da dor de perder uma filha de seis anos de idade nessas condições. Esse assunto nos toca e emociona. É o momento de nós ratificamos nosso compromisso de proteger a infância, não só do crime grave, mas lutar por uma infância feliz, com direito de brincar em liberdade, livre de ameaças. Esse compromisso o Ministério Público reafirma neste momento", considerou o promotor Tácito Yuri.


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