GANGUE FARDADA
Júri absolve cinco réus pela morte do cabo Gonçalves
Promotoria informou que vai analisar o caso para decidir se cabe recurso
Os cinco réus pelo assassinato de José Gonçalves da Silva Filho, o cabo Gonçalves, foram absolvidos pelo Tribunal do Júri. Foram dois dias de julgamento que começou na terça-feira, 24, e teve a sentença proferida no início da noite desta quarta-feira, 25. Os cinco réus eram acusados de serem os executores da vítima.
Os jurados decidiram pela negativa de autoria de Eufrásio Tenório Dantas, Valdomiro dos Santos Barros, Talvane Luiz da Silva, José Luiz da Silva Filho e Daniel Luiz da Silva. O promotor Thiago Riff informou que vai analisar o caso e decidir se cabe recurso.
O júri foi conduzido pelo juiz Yulli Roter, no Fórum da Capital. “Como consectário da sentença absolutória, revogo todas as medidas cautelares impostas aos réus neste processo, nos termos do artigo 492, II, b do Código de Processo Penal”, informou o magistrado na sentença.

A execução aconteceu há 26 anos, em maio de 1996. As investigações da época apontaram que o crime havia sido cometido pelo grupo conhecido como “Gangue Fardada”, uma milícia que tinha o comando de políticos do estado.
Os irmãos Marcos Antônio Cavalcante e o ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante foram julgados por este crime em ação desmembrada dos outros envolvidos, por serem considerados chefes do grupo criminoso. Marcos foi julgado e absolvido, enquanto Manoel Cavalcante foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado.
Em outubro de 2017, o Pleno do TJ de Alagoas absolveu o deputado João Beltrão por falta de provas de sua participação no crime. Os desembargadores concordaram que o único indício contra o réu foi desfeito quando o ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante mudou a versão do crime.
