ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

PF prende grupo suspeito de fraudar registros de armas em Alagoas

Laudos psicológicos, laudos de capacidade técnica, comprovantes de residência e boletins médicos eram falsificados
Por Redação com PF 02/02/2023 - 08:21
Atualização: 02/02/2023 - 09:15
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Cortesia/PF
Grupo falsificava documentos para compradores de armas em Alagoas
Grupo falsificava documentos para compradores de armas em Alagoas

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 2, a Operação Utlagatus com o objetivo de aprofundar investigações relacionadas a fraudes em requerimentos de posse e porte de arma de fogo apresentados à Polícia Federal em Alagoas. Três pessoas foram presas.

Cerca de 160 policiais federais dão cumprimento a 40 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, expedidos pela 2ª Vara Federal nas cidades de Maceió, Rio Largo, Arapiraca, Maragogi, Penedo, Batalha, Craíbas, Olho D’Água das Flores, Palmeira dos Índios e Girau do Ponciano.

Nos municípios de Garanhuns, em Pernambuco, São Francisco, em Sergipe e na cidade de São Paulo também estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão.

A investigação teve início a partir da identificação de indício de fraude documental em procedimentos que determinado despachante atuava.

De acordo com a apurações, verificou-se que uma associação criminosa confeccionou, no período de 2020 e 2021, documentos material e ideologicamente falsos como notas fiscais e laudos psicológicos, usando-os em processos administrativos junto à Polícia Federal, para fins de aquisição, posse e porte de arma de fogo.

Cerca de 63 procedimentos teriam sido realizados mediante fraude. Em alguns casos, os investigados forjavam atentados (com tiros em portões de residência e carros) para subsidiar os pedidos juntos à Polícia Federal.

Os investigados estão sendo indiciados por associação criminosa, falsificação de documento particular, uso de documentos falsos, tráfico de influência, falso testemunho e comércio ilegal de arma fogo, munição e acessórios, cujas penas somadas podem chegar a 37 anos de reclusão.


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