CINCO DIAS PARA CASOS GRAVES

PL que estabelece "licença menstrual" no trabalho é protocolado na ALE

Iniciativa ocorre um dia após o Congresso da Espanha aprovar lei com a mesma proposta
Por Redação 17/02/2023 - 16:20
Atualização: 17/02/2023 - 16:52
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© Marcello Casal jr/Agência Brasil
PL deve ser analisado pelas comissões antes de ser apresentado ao plenário
PL deve ser analisado pelas comissões antes de ser apresentado ao plenário

Um Projeto de Lei (PL) que estabelece a "licença menstrual" no serviço público de Alagoas foi protocolado pelo deputado estadual Silvio Camelo (PV) na manhã desta sexta-feira, 17, na Assembleia Legislativa de Alagoas.

A proposta de número 183 de 2023 visa garantir que as mulheres que trabalham na administração pública direta e indireta do Estado tenham direito a licença remunerada de até cinco dias consecutivos, desde que comprovem sintomas graves associados ao fluxo menstrual.

A iniciativa ocorreu um dia depois que o Congresso da Espanha aprovou uma lei que garante às mulheres licença remunerada do trabalho em caso de sintomas fortes relacionados à menstruação.

Em sua justificativa, o parlamentar alega que "a dismenorreia, como é conhecida a menstruação difícil, é uma causa comum de falta ao trabalho e à escola" e que, no ambiente de trabalho, as faltas podem levar a descontos salariais e demissões.

Camelo ressalta ainda que "não são poucas as mulheres que comparecem ao trabalho mesmo apresentando quadros agudos de náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, febre, dor nos seios e dor de cabeça".

"Diante da razoabilidade da proposta e da possibilidade de trazer benefícios concretos para a saúde mental das mulheres, bem como para a proteção do salário e do emprego, pedimos o apoio dos nobres Pares para a medida ser adotada com brevidade", diz parte da justificativa do PL.

A proposta ainda deve ser apreciada pelas comissões da Casa de Tavares Bastos antes de ser votada em plenário e posteriormente, se aprovada, ser encaminhada ao governador Paulo Dantas (MDB).

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