MASSA FALIDA DA LAGINHA
Thereza Collor aciona justiça para substituir Lourdinha Lyra como inventariante
Irmãos acusam Lyra de omissão aos interesses do espólio da falência
Thereza Collor e seus irmãos entraram na justiça para substituir a irmã, Lourdinha Lyra, como inventariante no processo em torno da massa falida do grupo Laginha, do empresário João Lyra, morto em 2021 por complicações decorrentes da Covid. A informação foi divulgada ontem, 12, pelo jornal Estadão.
Thereza Collor e seus irmãos alegam que Lourdinha teria sido omissa em relação aos interesses do espólio na falência da Laginha e que deveria ter questionado o administrador judicial, a Telino e Barros Advogados Associados sobre a possibilidade de a empresa participar do programa de renegociação tributária da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
“É simplesmente estarrecedor que a inventariante nada tenha feito para instar ou sequer questionar o administrador judicial sobre a possibilidade, vantagens e desvantagens de a massa falida aderir ao programa ‘QuitaPGFN’”, diz uma petição assinada por advogados das bancas Cascione e Scavuzzi Costa, que defendem os irmãos.
De acordo com o advogado e administrador judicial Igor Telino, os questionamentos surgiram apenas após ele ter atuado para suspender as atividades de uma construtora do marido de Thereza Collor em um terreno que seria da massa falida.
Os advogados dos herdeiros negam que a questão tenha relação com a disputa atual e afirmam que a construtora adquiriu regularmente as terras da Laginha, classificando a questão como uma "cortina de fumaça" criada pelo administrador judicial para desviar a atenção da responsabilidade dele na renegociação tributária.
Vale ressaltar que a massa falida do grupo Laginha detém três usinas de açúcar e etanol em Alagoas e uma dívida estimada em R$ 3,4 bilhões com o Fisco.A disputa se dá em torno da substituição de Lourdinha Lyra, irmã dos herdeiros, como inventariante do processo.
Publicidade
Continua após a publicidade