CRIME

Colombiano que matou namorada há 29 anos é preso pela PF em Marechal Deodoro

STF autorizou a extradição de Jaime Henrique Saade Corman, assassino de Nancy Mestre
Por Com G1/MG 01/05/2023 - 15:25
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Nancy Mariana (esq) foi morta por Jaime Saade (dir), na Colômbia, em 1994
Nancy Mariana (esq) foi morta por Jaime Saade (dir), na Colômbia, em 1994

O colombiano Jaime Saade foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta segunda-feira (1º), no município de Marechal Deodoro (AL). Ele fugiu para o Brasil depois de matar a namorada, Nancy Mestre, em 1994, na Colômbia, e estava foragido. De acordo com a PF, Saade foi encontrado em uma pousada e tentou correr, mas foi cercado pelos agentes e não ofereceu resistência.

A prisão foi realizada pelo Núcleo de Cooperação Internacional da PF-MG, com o apoio de policiais da inteligência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Ainda segundo a instituição, ele vai ser encaminhado para a Superintendência da PF em Maceió e, amanhã, terça-feira (2), transferido para a capital mineira, onde vai ficar à disposição da Justiça da Colômbia.

Processo de extradição

No dia 18 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Jaime Henrique Saade Corman, assassino de Nancy Mestre, que foi estuprada e morta aos 18 anos, na Colômbia, em 1994. O criminoso fugiu para o Brasil e assumiu uma nova identidade. Foi o pai da vítima, Martín Mestre, quem investigou e descobriu o paradeiro do criminoso.

O caso ganhou destaque na imprensa do país e, mesmo foragido, em 1996, Jaime foi condenado pela justiça colombiana a 27 anos de prisão por homicídio e estupro.

Martín contratou detetives, fez cursos de investigação e criou perfis falsos em redes sociais para se aproximar de parentes de Jaime Saade. Em uma das conversas, ele descobriu que Jaime tinha um parente que vivia no Brasil. A partir daí, redirecionou a investigação e localizou o criminoso em Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Em janeiro de 2020, o colombiano foi preso na capital mineira, 24 anos depois de ter sido condenado em seu país natal. No mesmo ano, um pedido de extradição do governo colombiano foi negado pelo STF. Houve um empate entre os ministros e, nesses casos, o resultado é favorável ao réu.

Porém, ele ficou na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, por apenas nove meses. Ele foi libertado depois de receber alvará de soltura com revogação da prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal.




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