OPERAÇÃO HEFESTO

Vereador João Catunda silencia diante de investigações contra seu pai

Empresa de Edmundo Catunda é investigada por venda de kits de robótica superfaturados
Por Bruno Fernandes 09/06/2023 - 12:15
Atualização: 09/06/2023 - 12:18

ACESSIBILIDADE

Reprodução/Instagram
O vereador João Catunda durante as eleições de 2022
O vereador João Catunda durante as eleições de 2022

O vereador de Maceió, João Catunda, tem optado por não se manifestar publicamente diante das recentes descobertas da Polícia Federal relacionadas às investigações contra seu pai, Edmundo Catunda, proprietário da empresa Megalic. A empresa está envolvida em contratos suspeitos de desvio de dinheiro público, especificamente relacionados à venda de kits de robótica.relacionadas_esquerda

Além de ser pai do vereador João Catunda, Edmundo Catunda é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e também um dos sócios da Megalic. Segundo a PF, a empresa foi beneficiada com contratos para fornecimento de kits de robótica, que agora estão sob investigação por suspeita de superfaturamento e desvio de recursos.

Arthur Lira, de camisa branca, à direita na mesa; o vereador João Catunda (à direita de Lira) e o pai, Edmundo Catunda (primeiro à esquerda)

No dia 1º de junho, quando a operação da Polícia Federal foi deflagrada em Alagoas e em outros estados, o vereador limitou-se a fazer uma postagem no Twitter sobre o avanço da educação em Maceió, mencionando sua participação em um evento para a posse de 196 vice-diretores escolares eleitos. O mesmo se repetiu em seu Instagram.

Nos dias seguintes, quando novos detalhes foram sendo revelados pela Polícia Federal por meio de imprensa, a exemplo da apreensão de bens como carros e lanchas, nada foi publicado pelo vereador.

A investigação da Polícia Federal revelou não apenas o suposto desvio de aproximadamente 8 milhões de reais na venda de kits de robótica com sobrepreço para prefeituras do Nordeste, mas também a descoberta de que o empresário Edmundo Catunda repassou R$ 550 mil à empresa responsável pela construção da residência de Luciano Cavalcante, ex-assessor de Arthur Lira.

Tanto Catunda quanto Cavalcante foram alvos da operação Hefesto, deflagrada na última quinta-feira (1º), cujo objetivo é investigar crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro nos contratos de kit de robótica financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato