PREJUÍZO DE R$ 8 MILHÕES

Empresa de pai de vereador por Maceió é alvo de operação da Polícia Federal

Edmundo e João Catunda são aliados diretos de Arthur Lira
Por Redação 01/06/2023 - 08:16
Atualização: 01/06/2023 - 11:36

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Polícia Federal
Material apreendido durante a Operação Hefesto
Material apreendido durante a Operação Hefesto

A operação da Polícia Federal realizada na manhã desta quinta-feira, 1º, para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão em investigação relacionada a desvios em contratos para a compra de kits de robótica tem como alvo o pai do vereador por Maceió João Catunda (PSD), o empresário Edmundo Catunda. A informação foi revelada pela Folha de São Paulo.

relacionadas_esquerdaSegundo investigações da Polícia Federal, as contratações em questão teriam sido direcionadas ilicitamente a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, por meio da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais e restrições à participação de outros licitantes.

A empresa Megalic atua apenas como intermediária e não produz os kits de robótica, apesar de ter fechado contratos milionários, no valor de pelo menos R$ 24 milhões. Ela está registrada em nome de Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD).

O negócio  milionário fica localizado em uma residência no bairro de Jatiúca, em Maceió, e tinha um capital social de R$ 1 milhão. Segundo a PF, os crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2022, envolvendo contratos em 43 municípios alagoanos.

A proximidade entre o vereador, seu pai e Arthur Lira é conhecida publicamente. Além da empresa e de Edmundo Catunda, outros aliados de Lira em Alagoas estão sendo alvos da operação da PF.

Segundo a PF, os kits foram adquiridos com recursos do FNDE e a PF apura possíveis fraudes que teriam causado um prejuízo de R$ 8,1 milhões. Ao todo, estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e dois de prisão temporária, expedidos pela Justiça Federal de Alagoas.

Os contratos dos kits de robótica foram realizados com recursos provenientes, em grande parte, das bilionárias emendas do relator do Orçamento. Naquela época, durante o governo de Jair Bolsonaro, Arthur Lira era responsável por controlar, em Brasília, a distribuição de parte dessas verbas.

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