JUSTIÇA

TRT destitui atual diretoria da Fecomércio

Junta governativa deverá assumir comando da federação a partir de segunda-feira
Por José Fernando Martins 10/06/2023 - 07:17
Atualização: 10/06/2023 - 07:26

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Divulgação
Fecomércio Alagoas
Fecomércio Alagoas

A atual diretoria da Federação do Comércio de Alagoas (Fecomércio) será obrigada a deixar seus cargos para dar lugar a uma junta governativa que administrará a entidade. A determinação é do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região (TRT-19) Laerte Neves de Souza, no bojo de um recurso impetrado no ano passado pelo empresário Adeildo Sotero da Silva. 

Eleito presidente da Fecomércio em maio do ano passado, o empresário desde então tem travado uma batalha judicial para assumir o cargo. A vitória de Sotero chegou a ser anunciada pela própria entidade, por meio de sua assessoria de comunicação, que divulgou uma nota à imprensa alagoana informando sobre a vitória da nova diretoria. No entanto, a posse foi impedida pelo então presidente da Fecomércio, José Gilton Pereira Lima, que, juntamente à sua assessoria jurídica, argumentou que a chapa vencedora não havia cumprido os requisitos necessários para participar do pleito, uma alegação que a chapa “União e Progresso”, encabeçada por Sotero, nega veementemente. 

Segundo Pedro Leão, advogado do empresário eleito presidente, com a decisão do desembargador, a gestão da federação será conduzida por uma junta governativa neutra, o que refletiria em uma eleição limpa e sem vícios. Vale ressaltar que em abril, a 2ª Turma do TRT anulou a eleição polêmica por fraude, determinando a realização de um novo pleito, que será conduzido pelo Ministério Público do Trabalho em Alagoas. A data para essa nova eleição ainda não foi definida.

Em nota, a atual direção da Fecomércio informa ao EXTRA que as eleições foram feitas "dentro dos prazos e respeitando todos os regramentos estatutários da própria federação, e a eleição foi devidamente acompanhada pelo conselho de representantes da Fecomercio e também reconhecida pela entidade máxima sindical no Brasil que é a confederação nacional do comércio - CNC". A instituição afirma "que os remédios jurídicos que precisarem ser aplicados para manter os regramentos legais da federação preservados, serão aplicados".

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