FEBRABAN
Nordestinos continuam sendo os mais otimistas com o crescimento do país
Pesquisa aponta investimentos em saúde e mais empregos como maior preocupação da região
O primeiro semestre de 2023 terminou com otimismo das famílias brasileiras em relação aos rumos da economia do país. De forma geral, os nordestinos são os mais otimistas. O Nordeste também defende mais investimentos em saúde e geração de empregos por parte do governo. É o que aponta pesquisa “Radar Febraban”, realizada pelo IPESPE-Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas para a Febraban- Federação Brasileira de Bancos. Foram entrevistados 2 mil pessoas de todas as regiões do país, entre 22 e 29 de junho deste ano. Para 29% dos nordestinos entrevistados, saúde e emprego devem ser prioridade do governo federal.
Para 48% da população nordestina, a economia do Brasil está melhor em relação a 2022, enquanto 30% acha que a situação continua igual e 19% acredita que a situação econômica piorou. Na percepção da expectativa de melhoria do país no restante de 2023, o dado também é positivo. Dos nordestinos entrevistados, 59% acreditam que vai melhorar. Houve empate em quem acha que vai ficar igual ou pior, com 19% cada.
Quando se trata da evolução da vida pessoal e familiar em 2023, a Região Nordeste continua otimista, mas com percentual contido. Desses, 46% apostam em melhora. Responderam que vai ficar igual 35% dos entrevistados. Os pessimistas foram 17%. Já a expectativa de melhoria da vida pessoal e familiar no restante de 2023 a aposta foi maior: 74% acreditam que vai melhorar; 16% ficará igual e 7% vai piorar.

Em relação ao desemprego para os próximos seis meses, 31% diz que vai aumentar, 23% ficar igual e 44% vai diminuir. O nordestino acredita que o acesso ao crédito das pessoas e das empresas vai aumentar. É o que acha 43% dos entrevistados. Para 28% vai ficar igual e 22% que vai diminuir.
Em relação ao poder de compra das pessoas, 43% aposta que vai aumentar, 27% ficar igual e 27% vai diminuir. Quanto à taxa de juros,45% diz que vai aumentar, 24% ficar igual e 27% vai diminuir.
Quando o assunto é inflação e custo de vida, o nordestino não está otimista. 42% afirmam que vai aumentar, 24% ficar igual e 31% diz que vai diminuir. Os impostos também preocupam. Para 49% eles vão aumentar, 24% acredita que vão ficar iguais e 24% que irão diminuir.
Gestão do governo
Quanto à gestão do país, 61% dos nordestinos aprovam o governo do presidente Lula e 32% desaprovam. De modo específico, os que acreditam que o restante do governo Lula será ótimo ou bom somaram 57% no Nordeste, 49% no Sudeste, 47% no Centro-oeste e 42% no Sul.
Em relação a prioridades da população, no Nordeste a saúde e o emprego-renda empataram em primeiro lugar com 29%.
Outro dado relevante é que mais da metade dos brasileiros (51%) se declararam endividados. A maior taxa está no Norte (63%), seguido pelo Nordeste (56%), Centro-Oeste com 54% e, quase empatados, Sudeste (48%) e Sul (47%). No entanto, em todas as regiões, a maioria acredita na diminuição do endividamento ainda em 2023. Os mais otimistas são os nordestinos com 46%; Sudeste, 39%; Norte e Sul 36% e Centro-Oeste, 35%.
Um fato que chama a atenção é que em todas as regiões comprar imóvel é a principal aspiração em caso de sobra no orçamento doméstico. O desejo de aplicar na poupança é maior no Nordeste com 22%. Investir na educação também aparece como prioridade no Nordeste e Norte com 15% em ambas. A intenção de viajar é mais citada no Sudeste com 17%.
Outro dado importante é que 70% dos entrevistados que tomaram conhecimento da iniciativa da autorregulação dos bancos de exigir que frigoríficos e matadouros implementem a partir de 2026 o rastreio da cadeia de carnes aprovam a medida.
De modo geral, o levantamento mostra que ao fim do primeiro semestre do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguem estáveis a aprovação e a avaliação do governo federal, com oscilações de um a dois pontos em relação à pesquisa de abril. Na avaliação, o governo obtém 38% de ótimo e bom, cerca de um terço o consideram regular (31%) e 27% o avaliam de forma expressamente negativa (ruim e péssimo).
Publicidade