CARDÁPIO VEGETARIANO
Exclusão de carnes nas refeições gera economia de 39% no bolso do maceioense
Alimentação à base de vegetais seria maior se estado investisse na produção de hortifrutigranjeiros
O número de pessoas que deixaram de comer carne no Brasil e adotaram uma dieta vegetariana tem crescido e já representa 14% da população, segundo pesquisa realizada em 2018 pela Sociedade Vegetariana Brasileira com apoio do Ibope. São pessoas que excluíram das refeições qualquer tipo de carne, sejam bovinos, aves, porcos, peixes e frutos do mar.
O vegetariano é, por definição, alguém que se alimenta basicamente de grãos, sementes, vegetais, cereais e frutas, com ou sem o uso de lacticínios, mel e ovos. Optar pelo vegetarianismo é seguir uma ideologia. Porém esse tipo de comportamento também promove um alívio no bolso, já que as refeições vegetarianas podem ser até 65% mais econômicas que aquelas com carne.
Pratos vegetarianos, com o mesmo valor nutricional de refeições tradicionais com carne, saem mais barato em todas as capitais do país. A economia média chega a 65% em Fortaleza (CE) e a 61% no Recife (PE). Nas capitais do Sul, a diferença é menor, abaixo dos 40%. Enquanto na Região Nordeste se economiza 51% com refeições 100% vegetais, no Sul, a economia é de 37%.
No prato do alagoano que Exclusão de carnes nas refeições gera economia de 39% no bolso do maceioense mora em Maceió, no entanto, a economia é a menor registrada no Nordeste: 39%. Isso significa que a população paga mais caro para colocar legumes, hortaliças, verduras, frutas e cereais na alimentação. A maioria desses produtos vem de fora, o que encarece o preço ao consumidor.
O percentual de economia com a refeição vegetariana em Maceió é revelado no levantamento inédito realizado pelo programa Alimentação Consciente Brasil (ACB), operado pela organização sem fins lucrativos, Mercy For Animals no Brasil (MFA), incluindo todas as 26 capitais brasileiras e divulgado no mês de julho.
Nas capitais nordestinas, a economia por duas refeições diárias vegetarianas, em relação ao prato tradicional com carne, é a seguinte: São Luís (MA) 58%; Teresina (PI) 48%; Fortaleza (CE) 65%; Natal (RN) 41%; João Pessoa (PB) 48%; Recife (PE) 61%; Maceió (AL) 39%; Aracajú (SE) 57% e Salvador (BA) 44%.
A pesquisa mostra que em 15 capitais brasileiras a economia é igual ou superior à média nacional de 46%. Em Florianópolis, por exemplo, a economia gerada por duas refeições/dia integralmente à base de vegetais chega a R$ 442,00, equivalente a um terço do atual salário-mínimo (R$ 1.320,00), uma das princi pais referências para a vida da população trabalhadora brasileira. Em Maceió, a economia chega a R$ 5,30 em valores absolutos.
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