EDUCAÇÃO

Estudantes de Alagoas vencem Olimpíada Nacional de História do Brasil

Com dissertação sobre os povos indígenas, equipe ‘Memórias Póstumas’ conquistou o ouro em competição promovida pela Unicamp
Por Com Assessoria 28/08/2023 - 21:50
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Divulgação
Estudantes de Alagoas vencem Olimpíada Nacional de História do Brasil
Estudantes de Alagoas vencem Olimpíada Nacional de História do Brasil

Alagoas voltou ao lugar mais alto do pódio numa importante olimpíada de conhecimento. É que, nesse final de semana, três alunos de uma escola particular da capital venceram a 15ª edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A competição abordou o tema ‘A questão indígena no Brasil’, reunindo 120 mil participantes de várias regiões do país.

Composta pelos estudantes Gabriel Guttenberg, Telmo Calheiros e João Victor Barbosa, a equipe ‘Memórias Póstumas’ elaborou uma dissertação sobre o racismo contra os indígenas. A prova aconteceu no sábado (16), e a coroação veio no dia seguinte, quando os vencedores foram anunciados em solenidade que também reuniu representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), bem como do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).

Participaram da olimpíada estudantes dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas e particulares, distribuídos em grupos compostos por três alunos e um professor de História. Foram seis fases online, cada qual tendo duração de uma semana, com as provas dessas etapas incluindo questões de múltipla escolha e tarefas que estimulam, além da pesquisa, o debate argumentativo.

Professora de História da equipe alagoana, Marina Moreira não esconde a satisfação e o orgulho, recordando o início da preparação e valorizando o empenho dos estudantes da 2ª série do Ensino Médio.

“Tudo começou ainda em janeiro. É muito gratificante ver a evolução desses meninos. Eles eram tímidos e tinham receio de se posicionar porque achavam que não seriam ouvidos, que a opinião deles sobre temas relevantes não importava. Porém, ao longo do processo, eles foram percebendo o valor que têm. Afinal, tão importante quanto conhecer a obra de um filósofo, por exemplo, é saber argumentar, é expor aquilo que se pensa”, afirmou a professora, lembrando, ainda, um desafio inesperado.

“E os meninos precisaram se superar mais uma vez. Isso porque nós treinamos a dissertação com sessenta linhas, mas, na hora ‘h’, eles tiveram que resumir o conteúdo a vinte e seis, demonstrando uma resiliência e um poder de síntese extraordinários para surpreender a todos com muita criticidade. Vê-los em êxtase com a vitória foi emocionante, uma experiência incrível. Isso sem falar na oportunidade de se conhecer pessoas e culturas diferentes durante o evento”, reforçou Marina.

Entre os medalhistas, João Victor Barbosa era o mais entusiasmado. O jovem, inclusive, foi recebido com festa no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió. Logo após a conquista, ainda em Campinas-SP, ele admitiu que sua equipe não esperava o título. “Apesar de ter sido uma prova diferente daquela que imaginávamos, conseguimos usar o repertório que já havíamos estudado. Nem dá para acreditar. Estamos muito felizes”, disse João Victor.

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