MEIO AMBIENTE
Alagoas perde 13% de cobertura florestal em uma década
Em 2020 o estado registrou a maior perda, com 229 hectares
No decorrer de uma década, Alagoas experimentou uma considerável diminuição de sua floresta natural. Dados divulgados pela plataforma Global Florest Watch indicam que, em 2010, o estado possuía uma extensão de 533 mil hectares de floresta natural, abrangendo cerca de 19% de sua superfície terrestre. Contudo, até 2022, a perda alcançou a marca de 1.800 ha de floresta nativa, acarretando liberação de um total de 1.570 toneladas de dióxido de carbono (CO2 ) na atmosfera.
Analisando o período de 2002 a 2022, observa-se uma perda de 908 hectares de floresta primária úmida em Alagoas, representando 1,3% do total de perda de cobertura arbórea nesse intervalo de tempo. Cobertura arbórea é a proporção de área coberta com vegetação (copa das árvores) em função da área total de uma cidade ou de um setor urbano.
A área total de floresta primária úmida diminuiu 2,6% durante esse período, sendo que o ano de 2020 registrou a maior perda, com um total de 229 hectares. Quanto à cobertura arbórea em geral, entre 2001 e 2022 Alagoas perdeu cerca de 77,5 mil ha, o equivalente a 28 toneladas, o que corresponde a uma diminuição de 13% desde o início do século XXI.
Essa perda resultou em aproximadamente 28 milhões de toneladas de CO2 liberadas na atmosfera. O percentual de cobertura arbórea é calculado como a proporção da área coberta por vegetação em relação à área total de uma região.
Destaca-se que 11 regiões em Alagoas foram responsáveis por 32% de toda a perda de cobertura arbórea entre 2001 e 2022. Coruripe lidera essa estatística, com uma perda de 3.400 hectares, contrastando com a média de 767 hectares nas demais áreas desmatadas.
Seguido por Coruripe aparecem Traipu (3.300), São Miguel dos Campos (2.600), Penedo (2.500) e União dos Palmares (2.300) Ao analisar a mudança líquida na cobertura florestal entre 2000 e 2020, Alagoas apresentou um saldo negativo de -3.500 hectares (-1,3%). Esse cálculo considera diversos fatores, como floresta estável (240 mil hectares), ganho (15 mil hectares), perda (19 mil hectares) e perturbação (14 mil hectares). Vale ressaltar que essa perda total difere dos dados anuais de perda de cobertura de árvores devido a diferentes métodos e definições utilizados.
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