PROGRAMA REDESER

Xingó, em Alagoas, terá ajuda internacional para combater a desertificação

Iniciativas serão realizadas em áreas vulneráveis da Caatinga em 14 municípios do semiárido brasileiro
Por Tamara Albuquerque 03/10/2023 - 13:11
Atualização: 03/10/2023 - 15:40

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IMA-AL
Caatinga em Alagoas
Caatinga em Alagoas

O região de Xingó, em Alagoas, vai receber ajuda do governo federal e de organismo internacional para combater a desertificação. Projeto com esse objetivo foi lançado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e será realizado em áreas vulneráveis da Caatinga. Além de Alagoas, o projeto Redeser, que passou inativado no Governo Bolsonaro, foi retomado em Uauá, região semiárida da Bahia, que é um dos 14 municípios distribuídos em quatro territórios considerados cruciais para o bioma – Seridó (PB/RN), Araripe (CE), Xingó (AL) e Sertão do São Francisco (BA).

Essas áreas receberão recursos destinados a conter a desertificação através de práticas agroflorestais sustentáveis e conservação da biodiversidade. O programa captou R$ 19 milhões em fundo internacional para investir em sistemas agroflorestais em 14 municípios no Nordeste. O início do projeto foi no estado do Maranhão, mas será estendido pelo Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Alagoas abrangendo os locais mais ameaçados de desertificação.

“A principal meta do projeto Redeser é combater e reverter os processos de desertificação, utilizando a gestão integrada da paisagem, o manejo sustentável da Caatinga, sistemas agroflorestais e colaboração com apicultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais”, afirmou Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA.

Pires enfatizou a importância da colaboração com prefeituras e governos estaduais para o sucesso do programa, que receberá um investimento de R$ 19 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Esses recursos serão aplicados até o final de 2025.

O foco estará na implementação de Sistemas Agroflorestais (SAF) e práticas de Gestão Integrada dos Recursos Naturais (GIRN), iniciativas com grande potencial para promover a agroecologia e a convivência com o semiárido. Espera-se que mais de 13 mil hectares sejam gerenciados de maneira sustentável, beneficiando aproximadamente 200 famílias.

Além disso, espera-se que o projeto tenha um impacto significativo na oferta de alimentos saudáveis para os beneficiários, que serão disponibilizados principalmente no mercado local, especialmente em feiras. Desertificação é a incapacidade de o solo produzir, com esta degradação ocorre uma diminuição significativa da vegetação, resultando em um cenário árido.


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