Extra/Arquivo
Capa do primeiro exemplar do Extra, que hoje faz 25 anos de circulação
EXTRA, EXTRA, EXTRA! O jornal EXTRA de Alagoas completa 25 anos de uma história vitoriosa que começou em 1998, quando o “Império de Napoleão ‘estava’ por um triz”, como bem estampou em sua primeira manchete. O aviso era de que “chegamos para ficar”. E o EXTRA cumpriu a promessa. Chegou e ficou. Enfrentou inúmeros obstáculos, mas sobreviveu. Tudo graças à persistência, competência e coragem de um grupo de jornalistas alagoanos que se juntou e resolveu fazer um jornalismo imparcial, livre das amarras do poderio.
O mais antigo semanário em circulação no estado chegou na semana de 21 a 27 de setembro de 1998 para discutir temas da atualidade e até rever assuntos remotos que foram engavetados, esquecidos nos porões da injustiça. Neste um quarto de século de existência, o EXTRA fincou raízes com o propósito de “dizer o que os outros não dizem”. E nas duas décadas e meia de circulação, mergulhou nos arquivos do jornal e apostou na memória de quem o acompanha desde o início para revisitar alguns cenários marcantes da sua história.
No início, devido a ameaças constantes, a redação do EXTRA teve vários endereços e medidas de segurança foram tomadas para proteger os profissionais, como instalação de câmeras, arame farpado, e ausência de identificação. Mesmo assim, a redação foi invadida algumas vezes por políticos e outros profissionais insatisfeitos com as verdades que só o EXTRA tem coragem de dizer.
O EXTRA prima pela qualidade em seus textos para prender a atenção do leitor. Mas o EXTRA também consegue ser irônico. Quem não se lembra da matéria em que o jornal anunciou que um padre do interior de Alagoas fez sucesso em uma roda de samba em Salvador (BA) com a dança do Créu e na boquinha da garrafa? E do episódio em que colocaram “um despacho” na encruzilhada em que ficava a sede do jornal?
O EXTRA se consagrou como o periódico que entrega aos leitores e seguidores as chamadas, títulos e textos mais impactantes. Dá furo ao publicar matérias inéditas, polêmicas e contundentes. Cada edição o semanário surpreende o leitor, com temas que passam a ser pautas para outros veículos de comunicação. E EXTRA é tema em debates acadêmicos e até virou livro “A pauta Investigativa sob o olhar do EXTRA”, de Geovan Benjoino.
Como qualquer jovem de 20 e poucos anos, o EXTRA cometeu injustiça, mas também foi injustiçado. Admite que errou e corrige o erro. Retroceder, jamais. A ameaça só reforça a denúncia. A redação foi invadida por um ex-governador acompanhado de capangas com ameaças de bater nos repórteres com chicote. Um ex-deputado também usou da mesma prática ao ameaçar de morte o responsável pelo texto que falava de seu envolvimento com a pistolagem.
O semanário também resiste bravamente ao cerco jurídico imposto por cerca de 200 processos judiciais ao longo destes 25 anos. Operações como Taturana, Sanguessuga e Gabiru também povoaram o universo do jornal. O que dizer dos Precatórios, Gangue Fardada, Máfia do Lixo, pistolagem, orgias, Caso Braskem, luta pela terra e tantos outros crimes que foram e continuam sendo denunciados pelo EXTRA?
Também se reinventou durante a pandemia de covid-19. Tecnologicamente falando, o EXTRA se qualifica cada vez mais e mesmo com a rapidez que o momento exige da notícia, sua versão impressa não saiu de circulação. O cheiro do papel e da tinta atrai o leitor fiel, que assiste a cada edição o desafio que a equipe tem em levar ao público com isenção, pluralidade, clareza e responsabilidade o que acontece em Alagoas, no Brasil e no mundo. Porém, a versão on-line foi uma alternativa para que o conteúdo chegasse mais rápido, que houvesse interação direta com o seguidor. E a aposta deu certo. E como em qualquer festa de aniversário o primeiro pedaço do bolo é bastante disputado, na comemoração de 25 anos do EXTRA a fatia número 1 vai para cada leitor-seguidor do mais antigo semanário em circulação de Alagoas. O EXTRA é assim desde 1998. Esta é sua essência!
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