Defesa Civil de Maceió minimiza sinais de gravidade no Mutange desde início de novembro

A Defesa Civil de Maceió continua minimizando a situação de um possível colapso numa das minas desativadas de sal-gema na região do bairro do Mutange, em Maceió. Nesta quarta-feira, 29, o coordenador do órgão Abelardo Nobre usou em entrevista a expressão "notícia não muito boa" para classificar a possibilidade da mina nº 18, que fica próxima ao antigo Centro de Treinamento do CSA, no Mutange, se transformar em uma gigantesca cratera, ou como dizem os técnicos dolinamento. 

Ao longo desta semana, a Defesa Civil de Maceió emitiu notas para falar sobre os sismos de forma bem superficial. Na entrevista dada hoje ao programa Fique Alerta, no entanto, disse que, "embora com todo esforço de preenchimento dessas minas, uma delas, a número 18, não deu tempo de ser preenchida e vem apresentando esses sismos de forma bastante frequente desde o dia 6 de novembro. A população desconhecia esse fato, o que levanta dúvidas sobre a transparência do processo de monitoramento da tragédia que vitimou Maceió.

Abelardo Nobre disse, agora, que há risco de desabamento na área emersa, em solo, próximo à Avenida Major Cícero de Góes Monteiro, e na margem da Lagoa Mundaú, em região submersa.

Sobre os sismos (tremos), o coordenador disse que "cada vez mais [apresentavam] maior intensidade, frequência e indo em direção à superfície. Com esses dados e também de outro aparelhos, chegamos a conclusão que há uma iminência de colapso desta mina. Essa mina está muito próxima à margem da laguna, da lagoa Mundaú. Por isso que pedimos que as pessoas que pescam nessa região evitem chegar próximo ao local, ou ter acesso à Lagoa Mundaú.".

O órgão não emitiu anteriormente nenhuma alerta à população, como fez nesta quarta-feira, 29, a Defesa Civil Nacional. A Marinha do Brasil iniciou um trabalho com os pescadores para convencê-los a evitar que as pessoas tenham acesso à lagoa até pelo menos uma segunda avaliação sobre o problema anunciado hoje.

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