Drama do colapso de mina se agrava em Maceió, mas Senado trava CPI da Braskem

O drama vivido pela população de Maceió desde 2018 quando apareceram os primeiros sinais de afundamento do solo provocado pela exploração do sal-gema pela Braskem, se agrava com a iminência de colapso de uma mina no Bairro do Mutange e os efeitos ainda incertos em função do fenômeno. A área está isolada e a população aguarda, com ansiedade e receio, a abertura de grande cratera, que além dos danos locais vai provocar tremor de terra na capital.

Os técnicos afirmam que o tremor será de baixa magnitude, mas que pode afetar as estruturas já abaladas nos bairros evacuados. Moradores temem mais danos e riscos à vida. No entanto, o drama dos maceioenses ainda não sensibilizou os parlamentares. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta no Senado por solicitação do do senador Renan Calheiros permanece travada, à espera que os partidos indiquem nomes para compor a comissão.

“Estamos, em várias frentes, cobrando a responsabilização da empresa Braskem pelo maior crime ambiental urbano do mundo. Venho apelando, inclusive, em caráter humanitário. São mais de 200 mil vítimas de uma exploração mineral irracional e irresponsável que, literalmente, afundou vários bairros em Maceió, está se alastrando para outros bairros e agora o pânico dos abalos sísmicos”, disse o senador Renan Calheiros.

No último dia 24 de outubro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu o requerimento de abertura da CPI. Ainda assim, a instalação formal depende de acertos políticos com os líderes partidários para indicar participantes de cada bancada.

A CPI vai investigar a Braskem em suas atividades desenvolvidas na capital alagoana e que provocou a tragédia que envolveu Maceió e municípios da área metropolitana. Foram quase 50 anos de extração irregular de sal-gema, praticada sem os devidos critérios para evitar o que está ocorrendo neste momento na cidade. Abaixo, foto reproduzida da TV Gazeta mostrando fissuras na mina 18, que vai colapsar.

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