Arthur Lira e Renan Calheiros começam 2024 sob pressão

As duas principais lideranças político-eleitorais de Alagoas começam o ano de 2024 enfrentando problemas na manutenção de seus poderes na capital federal. O senador Renan Calheiros (MDB) quer manter acesa a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem ao mesmo tempo em que está na expectativa de não ser indicado para a relatoria. 

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), assiste ao seu último ano no comando da casa legislativa, quando os líderes já migram para nomes mais fortes para sua sucessão e ele mesmo quer indicar um correligionário para a cadeira que hoje ocupa. 

Por orientação médica, Calheiros não apareceu no ato de 8 de janeiro, iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos chefes dos outros poderes, promovido em Brasília e lembrando um ano do quebra-quebra promovido por bolsonaristas de prédios representando instâncias da democracia. Lira também não apareceu. 

Gesto interpretado como insatisfação do Centrão na distribuição de cargos na máquina pública, além da pouca disposição do entorno de Lula apoiar quem o presidente da Câmara vai escolher para a sua sucessão no legislativo.  Calheiros busca manter, até o final do recesso no Senado Federal, o assunto Braskem em alta. Esta semana a Defesa Civil exigiu da empresa um estudo de sonar nas minas 20, 21 e 29, as três na área de influência da mina 18 que colapsou em dezembro de 2023.

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