MPT/AL
Trabalhadores viviam em condições análogas a escravos
Em 2023, mais de três mil trabalhadores brasileiros foram resgatados de situação semelhante à escravidão, o maior número registrado nos últimos 14 anos. Entre essas vítimas, 79 estavam em Alagoas, destacando a necessidade de ações efetivas para combater essa prática desumana.
Os números do MPT revelam um esforço significativo em 2023, com 255 operações de combate ao trabalho escravo. No mesmo ano, foram firmados 218 termos de ajuste de conduta (TACs), ajuizadas 19 ações civis públicas e conquistados R$ 9,7 milhões em indenizações por dano moral coletivo em favor dos trabalhadores.
O mapa da exploração revela que os estados com os maiores registros de resgates foram Goiás (739), Minas Gerais (651) e São Paulo (392). Setores críticos incluem o cultivo de café, com 302 resgatados, e a cana-de-açúcar, com 258.
O coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, procurador Luciano Aragão, destacou que o número recorde de resgates evidencia a necessidade de uma reflexão mais profunda por parte da sociedade e instituições.
Desde 2022, o MPT executa em Alagoas o Projeto Estratégico Capacitação da Rede de Atendimento às Vítimas de Escravidão Contemporânea (PRECAV). Esse projeto busca aprimorar os serviços prestados por municípios nas áreas de assistência social, saúde, educação, segurança e direitos humanos.
A coordenadora regional da Conaete, procuradora Marcela Dória, destaca a importância da capacitação realizada nos municípios para ajudar as vítimas a se manterem longe da exploração. Ela ressalta que muitos trabalhadores resgatados, sem acesso a trabalho digno, acabam novamente sucumbindo à exploração.
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