BAIRROS AFUNDANDO

ANM revela minas da Braskem sem monitoramento há cinco anos em Maceió

Relatório explana preocupações em relação à segurança das cavidades na capital alagoana
Por Redação 01/02/2024 - 08:42
Atualização: 01/02/2024 - 09:06

ACESSIBILIDADE

Reprodução
Situação da mina 18 após desabamento
Situação da mina 18 após desabamento

Um recente parecer técnico emitido pela Agência Nacional de Mineração (ANM) no dia 26 de janeiro revela preocupações significativas em relação à segurança das minas da Braskem, em Maceió, especialmente após o colapso da mina 18. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 1º, pelo portal UOL.

O documento destaca que diversas cavidades geradas pela extração de sal-gema não estão sendo devidamente monitoradas pela Braskem, aumentando o risco de novos colapsos.

Conforme o relatório, algumas das 35 minas desativadas estão experimentando desabamentos, aproximando as cavidades do solo. Três dessas minas não tiveram suas cavidades medidas desde 2019, conforme o método sonar, como é o caso da 33, e algumas sequer possuem monitoramento pelo método de piezômetro, agravando ainda mais a situação.

Há casos no relatório que chamam a atenção pela localização da cavidade. A mina 21, por exemplo, avançou 18 metros para cima em apenas seis meses.

O parecer, assinado por seis especialistas em engenharia de minas e geologia, apresenta 11 sugestões à Braskem para lidar com a situação. Apesar das alegações da empresa de monitoramento constante, a ANM destaca a instabilidade do solo na área afetada e a possibilidade de novos colapsos.

A Braskem, por sua vez, refuta as alegações da ANM, afirmando que mantém uma das redes de monitoramento mais modernas do país. A empresa garante que todos os dados são compartilhados em tempo real com os órgãos competentes, embora não negue o risco iminente de novos colapsos.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato