BAIRROS AFUNDANDO
ANM revela minas da Braskem sem monitoramento há cinco anos em Maceió
Relatório explana preocupações em relação à segurança das cavidades na capital alagoanaUm recente parecer técnico emitido pela Agência Nacional de Mineração (ANM) no dia 26 de janeiro revela preocupações significativas em relação à segurança das minas da Braskem, em Maceió, especialmente após o colapso da mina 18. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 1º, pelo portal UOL.
O documento destaca que diversas cavidades geradas pela extração de sal-gema não estão sendo devidamente monitoradas pela Braskem, aumentando o risco de novos colapsos.
Conforme o relatório, algumas das 35 minas desativadas estão experimentando desabamentos, aproximando as cavidades do solo. Três dessas minas não tiveram suas cavidades medidas desde 2019, conforme o método sonar, como é o caso da 33, e algumas sequer possuem monitoramento pelo método de piezômetro, agravando ainda mais a situação.
Há casos no relatório que chamam a atenção pela localização da cavidade. A mina 21, por exemplo, avançou 18 metros para cima em apenas seis meses.
O parecer, assinado por seis especialistas em engenharia de minas e geologia, apresenta 11 sugestões à Braskem para lidar com a situação. Apesar das alegações da empresa de monitoramento constante, a ANM destaca a instabilidade do solo na área afetada e a possibilidade de novos colapsos.
A Braskem, por sua vez, refuta as alegações da ANM, afirmando que mantém uma das redes de monitoramento mais modernas do país. A empresa garante que todos os dados são compartilhados em tempo real com os órgãos competentes, embora não negue o risco iminente de novos colapsos.
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