ALAGOAS

Governo rompe contrato com empresa de segurança e unidades de saúde perdem viligantes

Sindicato da categoria faz alerta para os riscos de funcionamento das unidades sem a presença do pessoal capacitado
Por Tâmara Albuquerque 05/02/2024 - 16:27
Atualização: 05/02/2024 - 22:07
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Agência Saúde
Vigilantes que atuam em unidades de saúde na rede estadual foram demitidos
Vigilantes que atuam em unidades de saúde na rede estadual foram demitidos

A presidente eleita do Sindicato dos Vigilantes do Estado de Alagoas, Mônica Lopes, fez um alerta preocupante para os usuários das unidades de saúde em Alagoas. Segundo ela, o governo do estado rompeu o contrato que mantinha com a empresa terceirizada de segurança, a  Tigre Vigilância, encerrando o trabalho de 80 profissionais, que já assinaram os avisos prévios de desligamento. A preocupação é porque essa quebra abrupta de contrato vai deixar as "unidades de saúde da rede pública vulneráveis às ações violentas, podendo comprometer o bem-estar de todos que circulam nos ambientes", segundo avalia a sindicalista. 

“ É preocupante porque o fluxo de pessoas em qualquer unidade de atendimento médico é grande. No momento em que dispensam os profissionais que cuidam do controle de quem entra, sai, e circula nas dependências internas, bem como na área externa do prédio, o acesso de indivíduos mal intencionados fica facilitado,” adverte.

Mônica Lopes explica que a situação já estava crítica após a dispensa de 197 vigilantes ocorrida no ano passado e, para agravar, os 80 que ainda estavam dando cobertura em alguns locais também receberam aviso prévio da empresa terceirizada. “ Primeiro houve a redução de pessoal, e agora o contrato foi encerrado antes do prazo. Já houve acordo na Justiça do Trabalho para garantir os direitos do pessoal. O problema é que se trata de um serviço essencial. Se o Estado tivesse feito concurso e convocado os aprovados para os cargos seria aceitável, mas não foi. O fato é que é perigoso qualquer unidade funcionar sem vigilância", disse.

A sindicalista teme que essas vagas sejam preenchidas por pessoas desabilitadas para desempenhar as atividades. Ela lembra que o vigilante de uma unidade de saúde recebe capacitação específica, fazem cursos e têm certificados negativos, exigidos para atestar a boa conduta. "Não é qualquer um que pode ocupar o cargo", enfatiza.

Segundo Mônica Lopes denuncia que a substituição dos vigilantes será por mão de obra precarizada. “Não dá certo haver rodízio de pessoas despreparadas exercendo nossa função. É um perigo. Ao invés de melhorar a qualidade do serviço, o gestor piora, e deixa a população em risco. Apelamos para que a Justiça interceda”, ponderou.

Nesta terça-feira, 5, a categoria vai fazer um ato de protesto, a partir das 7 horas, em frente a SESAU. Ela lembra, ainda, que não apenas os pacientes e acompanhantes estão correndo perigo, mas também todos os profissionais de saúde que labutam nessas unidades desprovidas de segurança.


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