VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
TJ de Alagoas teve mais de 700 pedidos de medida protetiva em dois meses
Medidas podem ser requisitadas mesmo na ausência de agressão físicaMais de 700 pedidos de medida protetiva foram solicitados ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) em menos de dois meses, revelam dados divulgados nesta terça-feira, 27.
Segundo o TJ, até 20 de fevereiro de 2024, pelo menos 729 mulheres buscaram proteção contra agressores e abusadores, representando um aumento de 239 pedidos em relação ao mesmo período do ano anterior.
As medidas protetivas, que podem ser requisitadas mesmo na ausência de agressão física, têm sido uma ferramenta crucial na defesa das vítimas de violência doméstica em Alagoas.
Feminicídio em shopping de Maceió
No domingo, 25, Maceió testemunhou mais um trágico caso de feminicídio. Valkiria de Brito, 40 anos, foi assassinada pelo ex-companheiro em uma loja no shopping da parte alta da cidade. Familiares relataram que o agressor, identificado como Edvaldo Bemvindo, não aceitava o término do relacionamento e que a vítima vivia com medo, pois o agressor estava armado.
Apesar do temor e da situação de perigo, Valkiria não havia formalizado denúncias contra o ex-companheiro. Ela deixou três filhos.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 -- Central de Atendimento à Mulher -- e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
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