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Alagoas é o terceiro estado com maior crescimento na Economia Criativa
Pesquisa registrou um aumento de quase 25% no número de trabalhadores alagoanos entre 2022 e 2024Alagoas reafirma seu papel de destaque no cenário nacional ao registrar um crescimento significativo na Economia Criativa. Segundo dados compilados pelo Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado foi o terceiro com maior expansão no mercado de trabalho voltado para áreas criativas entre o quarto trimestre de 2022 e 2023. Com um aumento de quase 25% no número de trabalhadores, Alagoas ficou atrás apenas de Roraima (27%) e Sergipe (28%), se consolidando como um pólo emergente no setor.
De acordo com a pesquisa, o Brasil teve um crescimento médio de 4%, enquanto Alagoas superou essa marca em cinco vezes, com maior crescimento nos setores de Audiovisual, Artesanato, Moda e Publicidade.
Os segmentos analisados incluem moda, atividades artesanais, indústria editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio.
Economia da Cultura e das Indústrias Criativas
A Economia da Cultura e das Indústrias Criativas no Brasil demonstrou um vigoroso crescimento em 2023, adicionando 287 mil novos postos de trabalho, alcançando um total de 7,8 milhões de trabalhadores ativos. Este crescimento, o mais robusto desde 2012, foi impulsionado por setores como Design (29%), Música (24%), Desenvolvimento de Software e Jogos Digitais (18%) e Gastronomia (16%).
Entretanto, o setor editorial enfrentou desafios significativos, com uma queda de 20% no número de trabalhadores, refletindo uma migração desses profissionais para outras áreas econômicas mais promissoras.
A pesquisa revelou também um aumento na informalidade, com 37% dos trabalhadores do setor operando em condições informais, totalizando 2,9 milhões de pessoas. Esse aumento foi mais pronunciado do que na economia brasileira como um todo, que registrou um crescimento de informalidade de 3%.
Disparidades salariais continuam sendo uma preocupação crítica, com trabalhadores negros e mulheres enfrentando os maiores desafios. Em média, mulheres no setor criativo ganhavam R$ 3,2 mil, 42% menos do que os homens, cujo salário médio era de R$ 5,6 mil. A diferença salarial é ainda mais marcada para mulheres negras, cujos rendimentos eram quase 67% inferiores aos dos homens brancos, destacando uma profunda desigualdade racial e de gênero.
Regionalmente, o emprego na economia criativa apresentou variações significativas, com estados como Sergipe (+28%) e Roraima (+27%) liderando o crescimento, enquanto estados como Rio Grande do Norte (-18%) e Piauí (-14%) registraram as maiores quedas.