Ministro dos Transportes

Renan Filho defende arcabouço fiscal para equilibrar contas públicas

Em entrevista, filho de Renan Calheiros elogiou o trabalho de Fernando Haddad
Por Redação 21/07/2024 - 08:05

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Agência Brasil
O ministro do Transportes, Renan Filho
O ministro do Transportes, Renan Filho

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros, destacou a importância do novo arcabouço fiscal para estancar o déficit orçamentário e aumentar os investimentos públicos no Brasil. Em entrevista ao InfoMoney, ele enfatizou que essa combinação é importante para interromper os ciclos de desequilíbrio fiscal e atrair investidores para projetos de infraestrutura, como leilões de rodovias e grandes obras ferroviárias.

Renan Filho elogiou o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e defendeu a condução da agenda econômica em consonância com as políticas públicas prioritárias da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, o cumprimento do novo arcabouço fiscal é essencial para reduzir a dívida brasileira e melhorar a economia do país.

"O Brasil não deve muito em comparação aos países ricos, mas tem uma dívida alta entre os países com perfil econômico similar", explicou Filho. O ministro ressaltou a necessidade de cautela nos cortes de despesas para evitar impactos negativos na população mais pobre. "Se a freada for muito brusca, quem sofre são os mais pobres, que voam pelo para-brisa. É preciso equilibrar a economia sem causar danos sociais."

Destacou também as metas ousadas do Ministério dos Transportes para o segundo ano de mandato de Lula. No setor rodoviário, planeja-se tirar do papel 60 projetos estruturantes, realizar 13 novos leilões com investimento estimado em R$ 122 bilhões, otimizar 14 contratos em desequilíbrio e atingir 80% no Índice de Condição da Manutenção (ICM). Já no setor ferroviário, a meta é lançar um Plano Nacional de Ferrovias com investimentos de cerca de R$ 20 bilhões.

Renan Filho reconheceu as dificuldades provocadas pela elevada taxa de juros, atualmente em 10,50% ao ano, mas sustentou que isso inibe mais o investidor doméstico do que o estrangeiro. "Os investimentos de longo prazo têm vivido um momento favorável no mundo, e uma queda na taxa de juros brasileira, com inflação controlada, estimularia ainda mais os investimentos em infraestrutura", afirmou.

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