ECONOMIA

Alagoas deve fechar 2024 com déficit orçamentário de R$ 33 milhões

Rombo nas contas do estado é o menor do Nordeste, segundo pesquisa Firjan
Por Tamara Albuquerque 24/07/2024 - 14:21

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Federação das Indústrias do Rio de Janeiro diz que 23 dos 27 estados deverão fechar suas contas no vermelho em 2024
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro diz que 23 dos 27 estados deverão fechar suas contas no vermelho em 2024

Em um panorama preocupante para a economia nacional, a maior parte dos estados brasileiros enfrentará um déficit orçamentário significativo neste ano. Segundo o levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), 23 dos 27 estados, incluindo o Distrito Federal, deverão fechar suas contas no vermelho em 2024, somando um déficit conjunto de R$ 29,3 bilhões. Alagoas está na lista vermelha com um déficit de R$ 33 milhões, o segundo menor valor. O estado com menor déficit é Rondônia com R$ 2 milhões.

No Nordeste, o estado com maior déficit é o Ceará (R$3,9 bilhões), seguido pela Bahia (R$2,1 milhões), Paraíba (R$ 700 milhões), Piauí (558 milhões), Pernambuco (497 milhões), Sergipe (363 milhões), Maranhão (R$ 133 milhões).

A pesquisa aponta que os maiores déficits ocorrerão no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com valores que chamam a atenção e refletem desafios econômicos intensos. Esses números mostram não apenas um problema de fluxo de caixa, mas também levantam questões sobre a gestão fiscal e a capacidade desses estados de lidar com suas obrigações a longo prazo.

Os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que lideram o ranking de déficits, já estão sob o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Este mecanismo prevê flexibilizações na gestão das dívidas e obrigações para restabelecer as contas. Minas Gerais, especificamente, está na fase de tentativa de adesão a esse regime.

O desequilíbrio previdenciário é um problema grave, com despesas que ultrapassam receitas em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo o estudo da Firjan, o déficit previdenciário dos 27 estados alcançou surpreendentes R$ 86,1 bilhões. Esse fenômeno aumenta a complexidade da gestão fiscal e exige soluções tanto imediatas quanto estratégicas para um ajuste sustentável das contas públicas.

Enquanto isso, São Paulo se destaca positivamente, prevendo um superávit de R$ 7,14 bilhões, graças principalmente às receitas de privatizações. Embora seja uma notícia positiva, o estado ainda enfrenta desafios significativos devido ao alto nível de endividamento e um déficit previdenciário notável.


Quem está no vermelho

Rio de Janeiro – R$ 10,3 bilhões

Minas Gerais – R$ 4,2 bilhões

Ceará – R$ 3,9 bilhões

Paraná – R$ 3,5 bilhões

Rio Grande do Sul – R$ 3,1 bilhões

Bahia – R$ 2,1 bilhões

Goiás – R$ 1,8 bilhão

Santa Catarina – R$ 1,4 bilhão

Roraima – R$ 1,2 bilhão

Amazonas – R$ 843 milhões

Distrito Federal – 812 R$ milhões

Paraíba – R$ 700 milhões

Pará – R$ 655 milhões

Mato Grosso do Sul – R$ 595 milhões

Piauí – R$ 558 milhões

Pernambuco – R$ 497 milhões

Rio Grande do Norte – R$ 417 milhões

Sergipe – R$ 363 milhões

Maranhão – R$ 133 milhões

Tocantins – R$ 74 milhões

Acre – R$ 47 milhões

Alagoas – R$ 33 milhões

Rondônia – R$ 2 milhões


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