A Polícia Civil de Alagoas prendeu em Teotônio Vilela, no interior de Alagoas, nesta quarta-feira, 21, um homem suspeito de envolvimento direto no homicídio do blogueiro e empresário Adriano Farias, morto a tiros no dia 18 de junho deste ano.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito já responde por outros crimes, como homicídio e extorsão. Ele foi encaminhado à 6ª Delegacia Regional de Polícia e será transferido ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.

"As diligências terão continuidade no sentido de identificar responsabilizar todos os demais envolvidos nesse crime brutal que chocou a sociedade alagoana”, afirmou o delegado João Marcello.

Adriano foi morto a tiros dentro do próprio carro na zona rural de Junqueiro. Segundo testemunhas, o blogueiro estava no banco do motorista quando os criminosos se aproximaram e efetuaram os disparos. Na tentativa de fuga, Adriano ainda movimentou o veículo por cerca de 50 metros, mas morreu no local. Adriano deixa uma filha de 8 anos de idade.

A Polícia Civil não divulgou qual seria a motivação do crime. Na época do assassinato, uma das linhas de investigações era de que crime tivesse motivação política. Isso porque, segundo testemunhas, Adriano escrevia sobre política na internet.

A Polícia Civil de Alagoas formou, inclusive, uma comissão com cinco delegados para investigar o caso. Desde o início, as autoridades policiais não deram detalhes sobre a investigação sob a justificativa de não atrapalhar o andamento da apuração.

O prefeito de Junqueiro, Leandro Silva, usou as redes sociais para negar os boatos que associam o crime à gestão dele. Ele chegou a falar que o blogueiro não era seu amigo e nem inimigo. Segundo Leandro, adversários políticos estariam querendo transformar a morte de Adriano em fato político.