Meio Ambiente
Número de focos de queimadas irregulares aumenta em Alagoas
Numa semana, IMA registrou 53 casos, sendo que seis afetaram a APA de MuriciO relatório mais frequente sobre focos de queimadas em Alagoas, elaborado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), aponta para 53 ocorrências ou focos na semana de 11 a 17 deste mês. Desse total, 42 focos foram monitorados pelo órgão ambiental. Pelo menos seis focos afetaram a Área de Proteção Ambiental (APA) de Murici. O fogo consumiu a caatinga, as formações ombrófila, Fitoecológica e pioneiras e também parte de floresta estacional.
O município mais maior quantidade de queimadas no período foi Traipú, com 9 focos, Jaramataia e Murici com 6 focos cada, Colônia Leopoldina com 5, Maragogi com 3 focos, Atalaia com 2. Em menor quantidade com o registro de apenas um foco de queimada estão os municípios de União dos Palmares, Pilar e Porto Calvo.
Em fevereiro deste ano o IMA Alagoas alertou aos órgãos públicos sobre um aumento de quase 50% nos focos de queimadas anuais, segundo monitoramento. A captação dessas informações ocorre com o auxílio de dados disponibilizados pela rede de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Ambientais (Inpe). Até dezembro de 2023, 9.132 focos de calor foram registrados.
No início deste ano os números também mostram crescimento considerável de queimadas. Em janeiro, foram identificados 3.948 focos de queimada, contra 1.103 no mesmo período de 2023. O IMA adota o termo “queimadas” por ser um termo mais comum na sociedade e estar associado à “queima controlada”, que se refere ao emprego de fogo no manejo de atividades agropecuárias no estado, sobretudo para a despalha da cana-de-açúcar, realizado de forma planejada e controlada e que precisam ser autorizadas pelo órgão.
O monitoramento desses focos é utilizado para auxiliar na identificação de queimadas que ocorrem de modo irregular, e dos responsáveis, sujeitos à autuação.