MEIO AMBIENTE
Defesa Civil alerta para agravamento da seca nos próximos meses em Alagoas
Cenário é resultado do fim do período chuvoso, a previsão de poucas chuvas e de temperaturas em altaAlagoas deverá enfrentar uma severa seca nos próximos meses, segundo informou a Defesa Civil Estadual nesta terça-feira, 3. Em julho, Alagoas voltou a registrar seca em 29% de seu território, após ter estado livre de seca entre maio e junho. É a maior área com registro do fenômeno desde os 50% registrados em março deste ano.
"Com o fim do período chuvoso, associado a previsão de poucas chuvas e de temperaturas em elevação, o que também favorece a evaporação, e diminui a disponibilidade hídrica na região, a tendência é de um agravamento da seca nos próximos meses", afirma o chefe da subseção de desastres naturais da Defesa Civil de Alagoas, capitão Douglas Gomes.
O período de seca provoca escassez hídrica, o que pode afetar o abastecimento público de água e a agricultura, causar desertificação, perda de espécies e até desabastecimento de energia elétrica, além de problemas de saúde como desidratação, doenças respiratórias e problemas de pele.
O cenário em Alagoas segue a tendência da maior parte do Brasil, que enfrenta a maior seca já vista na sua história recente, segundo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O país não deve ter alívio até novembro.
Segundo especialistas, a soma de três fenômenos mudou os padrões de chuvas e de temperatura por um período de tempo tão longo e sem trégua, fazendo com que seca se intensificasse e espalhasse pelo país. Esses fenômenos são o El Niño, os bloqueios atmosféricos e o aquecimento do Atlântico Tropical Norte.