RESULTADOS

Ufal reconstrói memória cultural dos bairros atingidos pela Braskem

Cartografia social faz parte de resultado preliminar do IPCI Maceió
Por Redação com Assessoria 17/10/2024 - 13:54

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Reitor Josealdo Tonholo recebe membros do MPF e do MPAL
Reitor Josealdo Tonholo recebe membros do MPF e do MPAL

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está presente na vida dos alagoanos há quase 64 anos e há menos de um ano recebeu a missão de reconstruir a memória cultural dos cinco bairros em subsidência, atingidos pela Braskem. Por meio do Inventário do Patrimônio Cultural e Imaterial (IPCI Maceió), a Ufal tem como missão, desde mapear fazedores de cultura até apresentar medidas de salvaguarda para a continuidade dos processos de transmissão de saberes e práticas tradicionais, baseadas nos resultados da pesquisa de campo e entrevistas com grupos de Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Pinheiro. Trata-se de um banco de dados inédito que será disponibilizado em breve.

Na última quarta-feira (9), os pesquisadores do IPCI Maceió, Clair Júnior e Juliana Barretto e as coordenadoras Josemary Ferrare e Adriana Guimarães apresentaram as ações desenvolvidas pelo projeto e os resultados preliminares do trabalho que está sendo realizado desde fevereiro deste ano. 

A partir da finalização do trabalho de campo feito por 21 agentes comunitários de pesquisa, em sua maioria ex-moradores dos bairros afetados pela mineração de sal-gema, foi possível construir a cartografia social do IPCI Maceió. Essa ferramenta foi desenvolvida com a participação dos próprios agentes pesquisadores, que mapearam os significados e as relações que as comunidades tinham com seus espaços de convivência, cada um usando os próprios conhecimentos das pessoas que viveram nos bairros e, hoje, não estão mais por lá, ou seja, uma forma de dar voz e visibilidade às experiências e às histórias das famílias que tiveram de deixar suas casas, seus espaços coletivos.

Sobre os resultados obtidos até agora, Clair avisa que já está em formatação um termo de cooperação entre a Ufal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “A gente está fazendo um projeto para o uso dessa base de dados. Respondendo mais objetivamente, o município e o estado colaboraram muito pouco, porque o banco de dados deles estava desatualizado. Basicamente nós tínhamos as informações que os dois entes detinham. Então, nós percebemos que o que está sendo feito, esse inventário, ele é realmente inédito. Não existe tantas informações como nós conseguimos em nenhum outro banco de dados", comentou.

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