JULGAMENTO EM SP
Motorista de app que matou alagoana trans é condenado a 16 anos de prisão
Anna Luísa Pantaleão era de Pão de Açúcar e foi encontrada morta às margens de uma rodovia em SPO motorista de aplicativo Lúcio Douglas Rabelo da Silva, que confessou ter assassinado a alagoana Anna Luísa Pantaleão, de 19 anos, foi condenado nesta quarta-feira, 13, a 16 anos de reclusão. O julgamento foi realizado em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo.
A jovem trans era natural de Pão de Açúcar, interior de Alagoas, e foi encontrada morta às margens de uma rodovia, no interior de São Paulo, em setembro de 2023.
Antes de divulgar a sentença, o juiz analisou todas as evidências e argumentos apresentados pelas partes envolvidas no processo. Testemunhas de defesa e de acusação também foram ouvidas pelo magistrado e pelos jurados. "Acabou. Estamos aliviadas e tranquilas. A Justiça foi feita.", disse Ana Cláudia, que é avó da vítima.
Em depoimento à polícia, Lúcio Douglas Rabelo da Silva disse que havia contratado a alagoana para fazer um programa, mas que desistiu do serviço ao perceber que a jovem era transexual, o que gerou uma briga. Lúcio afirmou que Anna Luísa estaria alcoolizada e teria sacado um canivete da bolsa.
Durante a luta corporal, o motorista de app teria tomado o canivete de Anna Luísa e a acertado com um golpe no pescoço. Depois do crime, o motorista teria ido até um motel no município de Santana de Parnaíba para enrolar o corpo com cobertor e dispensá-lo em Pirapora. Ele foi preso e continua em um presídio no estado de São Paulo.
A jovem Anna Luísa Pantaleão era natural de Pão de Açúcar e havia deixado Alagoas há cerca de um ano e meio. De acordo com a família, ela estaria sendo aliciada para viajar para a Europa para atuar como modelo. Em São Paulo, a jovem trabalhava como garota de programa.