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Sobrevivente de ataque do serial killer de Maceió relata momentos de terror
Baleada quatro vezes por Albino Santos, vítima ficou um mês em comaA Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) segue aprofundando as investigações sobre o caso de Albino Santos de Lima, de 42 anos, conhecido como o serial killer de Maceió. Preso no dia 17 de setembro de 2024, ele confessou o assassinato de oito pessoas entre 2023 e 2024, embora negue envolvimento na morte de um casal que frequentava a mesma igreja que ele. No entanto, uma nova testemunha que sobreviveu a um ataque de Albino trouxe mais elementos ao caso.
A sobrevivente, baleada quatro vezes em 12 de junho de 2024, contou à TV Gazeta os momentos de terror vividos. “Quando estava chegando perto da casa da minha avó, senti aquela pessoa correndo. Quando olhei, ele deu o primeiro tiro.” A vítima foi atingida por dois disparos na cabeça e dois nas costas, ficando em coma por um mês no Hospital Geral do Estado (HGE).
“O Albino tentou matá-la e conseguiu alvejá-la com quatro tiros, mas, pela graça de Deus, ela sobreviveu. Estamos ampliando a investigação para reunir o máximo de provas”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Gilson Rego Souza.
Albino Santos é acusado de matar 10 pessoas: Ana Clara Santos Lima (13), Anna Beatriz Santos Tavares (13), Emerson Wagner da Silva (17), Louise Gbyson Vieira de Melo (18), John Lenno Santos Ferreira (20), Débora Vitória Silva dos Santos (21), Mikaele Leite da Silva (21), Tamara Vanessa da Silva Santos (21), Joseildo Siqueira Silva Filho (24) e Beatriz Henrique da Silva (25).
A investigação teve início após o homicídio de Ana Beatriz, morta ao ser perseguida e baleada ao sair de uma arena esportiva no bairro da Levada. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Os crimes seguiram um padrão: as vítimas eram jovens, predominantemente mulheres morenas com cabelos cacheados. Uma delas era uma mulher trans que compartilhava essas características. Albino monitorava suas vítimas nas redes sociais antes de atacá-las, o que reforça a premeditação.
A prisão de Albino levou à apreensão de uma pistola calibre .380 e de um celular, elementos cruciais para elucidar os homicídios. A análise balística confirmou que a arma foi usada nos 10 assassinatos. No celular, peritos encontraram fotos, nomes das vítimas, datas dos crimes e capturas de tela de notícias sobre os homicídios, além de imagens de uma lápide.
Embora Albino tenha alegado que as vítimas tinham envolvimento com facções criminosas, a polícia descartou essa hipótese. “Nenhuma das vítimas possuía vínculos com organizações criminosas. Esse discurso parece ser uma justificativa pessoal para os atos”, destacou o delegado Gilson Rego Souza.