Chacina no Pilar

Acusado nas mortes de mãe, filha e neto é condenado a 63 anos de reclusão

José Ailton da Silva participou da chacina da família por vingança de traficantes
Por Redação com MPAL 05/12/2024 - 15:38

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Julgamento de José Ailton aconteceu no fórum da cidade do Pilar
Julgamento de José Ailton aconteceu no fórum da cidade do Pilar

Passados mais de sete anos do triplo homicídio que estarreceu a sociedade alagoana e vitimou uma família no município do Pilar, entre os mortos uma criança de apenas dois anos, o segundo acusado na chacina, José Ailton da Silva, foi julgado nesta quinta-feira (5) e teve penas somadas chegando a 63 anos e três meses de reclusão. 

O seu comparsa, Wedson Santos, já havia recebido a sentença de 48 anos de prisão. Nesse caso, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) teve a firme e plausível atuação do promotor natural Sílvio Azevedo que sustentou a qualificadora de motivo fútil que tornou impossível a defesa da vítima, mas também com agravante pelo Art. 61, inciso II, pois além de uma das vítimas ser uma criança a outra vítima estava grávida. A chacina aconteceu em 2017.


Sobre as vítimas, Elisabeth da Silva, 41, Onilda Daiane da Silva, à época grávida de três meses, e o seu filho de dois anos foram assassinados depois de ter a casa invadida enquanto dormiam. O alvo seria Daiane, mas, segundo Wedson Santos, à época, teria matado a criança por ter acordado e chorado na hora da barbárie.

À época, José Ailton chegou a falar com a imprensa durante coletiva da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ele confessou os assassinatos, mas disse que apenas uma pessoa, a adolescente, era o alvo inicial, segundo ele, por estar envolvida na morte da irmã dele, Sandra Maria da Silva, de 21 anos, que tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

O julgamento de José Ailton demorou porque no processo a defesa sempre alegou que se tratava de uma pessoa inimputável. No entanto, houve reversão na afirmativa do advogado com exames comprovando que, na verdade, ele é um cidadão imputável com condições se assumir seus atos.

Para o promotor de Justiça Sílvio Azevedo, apesar da demora e da espera dos familiares e da população local, bem como de todo estado, nesta quinta-feira foi feito justiça.

“O crime à época abalou não somente a cidade do Pilar , mas toda Alagoas, principalmente porque entre as vítimas havia um menino de dois anos que levou tiros de pistola na cabeça. Não há justificativa para tanta frieza, tanta perversidade. A espera foi longa, mas hoje acredito que as pessoas da família, amigos, vizinhos estejam mais aliviados com a condenação. O Ministério Público cumpriu o seu papel e o conselho de sentença alcançou nossa mensagem de paz e justiça”, afirma o promotor.


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