Meio Ambiente
MP de Alagoas discute impacto do derramamento de melaço na Lagoa de Roteiro
TAC propõe medidas para compensar, reparar e mitigar os danos do acidenteO Ministério Público de Alagoas (MPAL), representado pelas promotorias de Justiça de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, conduziu audiência para discutir os impactos ambientais decorrentes do vazamento de melaço ocorrido no dia 05 de novembro de 2024 e medidas para compensar, reparar e mitigar os danos causados a biota e aos pescadores.
Participaram da reunião representantes da Usina Caeté, do Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL), Secretaria de Meio Ambiente de Roteiro, Colônia de Pescadores Z-24 e Federação de Pesca de Alagoas (FEPEAL).
O vazamento do produto se deu após o rompimento de um dos tanques da Usina Caeté. O MP de Alagoas, buscando uma atuação resolutiva, após ouvir os interessados, elaborou uma minuta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores, Eronildo Nascimento, em virtude da mortandade de várias espécies de peixes, a exemplo da tainha, carapeba e do camurim, os pescadores foram penalizados com a suspensão de suas atividades de pesca, o que assegura o sustento das famílias. A minuta de TAC será avaliada pelos interessados e uma próxima audiência ficou agendada para o dia 19 de dezembro.
Centenas de peixes foram encontrados mortos na Lagoa do Roteiro, que fica no município de Roteiro, na Zona da Mata de Alagoas. Uma das principais hipóteses é que os animais morreram ao serem contaminados com resíduos do melaço, que se espalhou após o rompimento de um tanque do produto na Usina Caeté.
O tanque tinha capacidade para armazenar 3 milhões de litros de melaço, mas estava com 2 milhões de litros do produtos quando a base da estrutura se rompeu. A causa do rompimento é desconhecida, mas o produto foi espalhado pela área industrial da Usina, o Rio São Miguel e a Lagoa de Roteiro.