A Assembleia Geral de Credores (AGC) da Massa Falida da Laginha foi adiada para o próximo dia 19, às 14h, após pedido de suspensão solicitado pelo Banco do Nordeste (BNB). 

O adiamento, segundo a instituição financeira, busca garantir um prazo a mais para análises técnicas detalhadas sobre as propostas em pauta, incluindo o plano de deságio superior a 60% das dívidas do conglomerado falido com bancos e a União.

A assembleia, inicialmente marcada para o dia 5, não ocorreu por falta de quórum. Agora, o BNB assume protagonismo nas discussões ao solicitar mais tempo para avaliar os impactos das propostas de liquidação, que incluem a venda de ativos e o abatimento de passivos. 

Entre os credores, também há divergências sobre as condições propostas. O Bradesco, por exemplo, contesta a ordem de pagamento sugerida e defende que os valores sigam as prioridades da Lei de Falências. 

A instituição financeira possui um crédito de R$ 47,6 milhões e argumenta que a aplicação da legislação garantiria vantagens em relação a outros credores, incluindo a União.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) propôs um deságio de 62% sobre a dívida fiscal federal, reduzindo o passivo de R$ 2,3 bilhões para R$ 855,5 milhões. A oferta inclui a transação de débitos administrativos e judiciais, com pagamento em parcela única a partir de saldos bancários existentes. 

Além das negociações fiscais, o Bank of America, outro credor relevante, apresentou proposta de deságio para acelerar a liquidação dos créditos. Esse modelo permite descontos no valor nominal dos títulos, visando solucionar mais rapidamente a complexa situação financeira da massa falida.